Representantes do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) e do Sindicato dos Fluviários da Seção de Convés do Amazonas (Sindflu), firmaram na última sexta-feira (26), acordo na Procuradoria Regional do Trabalho/ 11ª Região AM/RR, que suspende a ameaça de greve proposta pela entidade que representa cerca de 20% dos profissionais que atuam no setor.
Durante a audiência presidida pelo procurador Rafael Feres de Souza Hanna, também foi aceita a proposta do Sindarma que inclui, entre outros itens, reajuste salarial acima da inflação de 5%. Outras cláusulas seguem sendo negociadas entre as entidades.
Atualmente, dois sindicatos representam os trabalhadores do setor no Amazonas: o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários (Sintraqua) e o Sindflu.
No início deste mês, Sindarma e Sintraqua assinaram a sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), porém o Sindflu, antes mesmo de apresentar sua pauta de reivindicações para a nova CCT – e ainda durante a vigência da convenção assinada em 2023 – anunciou que seus associados iriam paralisar as atividades.
ESPECULAÇÃO DE PREÇOS
Tal ameaça do Sindflu, feita no início do verão e da estiagem, provocou pânico nos moradores de muitos municípios do interior do Estado, uma vez que desencadeou uma grande onda de especulação de preços em itens básicos como alimentos, e também, a apreensão de gestores públicos diante de uma ameaça de apagões nas cidades nas quais a energia vem de geradores que precisam do combustível transportado via fluvial para funcionar.
Diante da recusa do Sindflu em dialogar e partir para a greve, o Sindarma acionou a Justiça do Trabalho com ação pedindo o dissídio (acordo entre as partes para o reajuste percentual do salário com base na inflação) e na audiência de sexta, o Sindflu recuou e disse que aceitaria o acordo que basicamente são as mesmas condições acordadas anteriormente com o Sintraqua.
“O momento é de união e muito trabalho para ajudarmos a população e o Amazonas a superar a grande seca e o Sindarma, em toda sua história, se mantém de portas abertas ao diálogo e para aperfeiçoar o transporte de cargas em nossa região”, destacou o presidente do Sindarma, Galdino Alencar.