A CEO do Portal e TV CM7 Brasil, Cileide Moussallem, não poupou palavras ao criticar as condições insalubres encontradas no Centro Histórico de Manaus.
Na última quinta-feira (7), a cidade presenciou um esforço conjunto de limpeza e organização do Centro Histórico. A ação buscou reverter a degradação do espaço público e melhorar as condições de higiene e segurança na área. Além disso, a iniciativa teve apoio de entidades como o Sindicato do Comércio Varejista e a Associação dos Vendedores Ambulantes.
Primeiramente, ela questionou a postura de algumas figuras políticas em relação às ações de reordenamento urbano promovidas pela Prefeitura de Manaus. O desabafo contundente ocorreu durante uma transmissão ao vivo.
Mesmo com o intuito de reverter a degradação do espaço público e melhorar as condições de higiene e segurança na área, esse reordenamento urbano não aconteceu sem resistência. Assim, a jornalista lembrou da reação de grupos contrários à gestão do prefeito David Almeida
“Todo dia reclamam, ninguém quer ir no centro porque diz que está assim, que está violento, que tem morador de rua, que tem um monte de estrangeiro vendendo coisas estragadas”, disse Cileide.
Ao descrever as condições no local, Moussallem não escondeu sua indignação: “Eu estou tão enojada, tão enojada com o que estão fazendo”, referindo-se ao cenário de sujeira e alimentos impróprios para consumo.
A CEO enfatizou que, enquanto havia essencialidade e apoio no processo de limpeza do Centro, houve quem tentasse distorcer as ações, acusando-as de truculentas e exageradas.
“Aí, o pessoal queria bater. Bater. Tiraram sangue dos guardas municipais, jogaram pedra… fizeram o estardalhaço. Gente, olha que nojeira. Olha que nojento”, criticou.
Críticas à Do Carmo
Porém, o ápice de sua fala ocorreu ao questionar duramente a empresária e pré-candidata ao governo do Amazonas, Maria do Carmo Seffair.
“Eu queria perguntar para Maria do Carmo. Dona Maria do Carmo, a senhora comeria ou tomaria aquele suco que estava ali? Eu queria lhe perguntar isso”, afirmou Moussallem, desafiando a postura de quem, segundo ela, minimiza a gravidade das condições sanitárias encontradas.
“A senhora tomaria aquela água infecta? Com aqueles liquidificadores todos sujos? A senhora iria comer aquelas frutas que estavam ali?”, insistiu, reforçando que os alimentos estavam visivelmente contaminados e impróprios para o consumo.
Todavia, mais que uma crítica à situação de saúde pública que precisa de imediata solução, o questionamento de Cileide é também uma provocativa. Assim, a jornalista escancara que, por interesses políticos, opositores tentam reverter ou minimizar as ações necessárias que resgatem a dignidade ao Centro de Manaus.
Portanto, não se trata apenas de uma questão estética, mas de saúde, segurança e respeito aos cidadãos que circulam por aquele espaço diariamente. Em um momento como este, onde a resistência política e a realidade se colidem, a verdadeira pergunta que fica é: até onde é possível tolerar a negligência quando vidas estão em risco?