O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (19), negou qualquer irregularidade. De acordo com o parlamentar, a investigação faz parte de uma perseguição política “contra a direita”. Além disso, seu objetivo seria a criação de uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção de possíveis escândalos envolvendo o governo do presidente Lula (PT).
Durante coletiva de imprensa realizada no Salão Verde da Câmara, Sóstenes explicou que os R$ 430 mil em espécie encontrados em sua residência têm origem lícita. De acordo com ele, o valor é resultado da venda de um imóvel, cujo comprador optou por realizar o pagamento em dinheiro. O deputado afirmou que chegou a considerar fazer o depósito bancário, mas acabou adiando a operação.
— Ninguém pega dinheiro ilícito e guarda dentro de casa. Foi um lapso, mas não há nada de errado — declarou.
Outro ponto investigado pela PF envolve uma empresa de locação de veículos que presta serviços ao gabinete do parlamentar. Sóstenes Cavalcante também negou qualquer irregularidade nesse contrato.
A operação da Polícia Federal, deflagrada na quinta-feira (18), apura novas suspeitas de desvios relacionados a aposentadorias do INSS. As investigações indicam possíveis pagamentos feitos pelo empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, a uma amiga de Fábio Luís da Silva, filho do presidente Lula. A beneficiária seria Roberta Luchsinger, herdeira de um banqueiro e pessoa próxima ao Partido dos Trabalhadores.
O deputado reforçou que confia na Justiça e afirmou que seguirá colaborando com as investigações, reiterando que considera a ação uma tentativa de desgaste político.
