28 de novembro de 2025
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STF tentou convencer bancos a interceder contra sanções dos EUA a Moraes, mas instituições recusaram

Ministros do Supremo buscaram apoio de grandes bancos brasileiros contra a Lei Magnitsky, mas medidas financeiras seguem em vigor e causam impacto no mercado.

Nos últimos dias, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tentaram, sem sucesso, convencer grandes bancos brasileiros a intercederem junto ao governo dos Estados Unidos contra a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes. A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Lei americana causou bloqueios financeiros

A Lei Magnitsky, utilizada pelo governo de Donald Trump em julho de 2025, levou à imposição de sanções contra Moraes, acusado de violações de direitos humanos. Como resultado, o ministro teve seus cartões de crédito bloqueados e ficou proibido de realizar operações financeiras com empresas que possuem vínculo com o sistema bancário norte-americano.

O Banco do Brasil, por exemplo, chegou a cancelar o cartão internacional do ministro e ofereceu como alternativa um cartão da bandeira Elo, considerada 100% brasileira. No entanto, devido a acordos internacionais da Elo com instituições estrangeiras, até mesmo essa opção acabou vetada, já que a bandeira também segue diretrizes de sanções aplicadas por Washington.

Bancos privados evitam envolvimento

Enquanto isso, os principais bancos privados do país, como Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual, não se posicionaram oficialmente sobre o caso. O Nubank afirmou que está avaliando a situação internamente. Já a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) ainda não apresentou uma posição oficial.

Diante do impasse, nenhuma instituição financeira aceitou pressionar o governo americano para reverter a decisão, mantendo as sanções em vigor.

Impacto direto no mercado financeiro

A repercussão da sanção a Moraes já causou efeitos visíveis no mercado financeiro brasileiro. Após o ministro Flávio Dino defender publicamente o colega de Corte, o Ibovespa caiu 2,1%. Além disso, os bancos listados em Bolsa perderam aproximadamente R$ 40 bilhões em valor de mercado.

O Banco do Brasil foi o mais afetado, com uma queda de 6% em apenas um pregão. A instabilidade reflete o impacto das sanções e o temor de que novas medidas possam atingir outras figuras do Judiciário ou instituições nacionais.

 

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