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19 de junho de 2025
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STF inicia segundo dia de interrogatórios sobre trama golpista de Bolsonaro

Almir Garnier é o primeiro a depor nesta terça-feira (10); audiência segue até às 20h

FOTO/REPRODUÇÃO

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (10), às 9h, o segundo dia de interrogatórios dos réus do núcleo 1 da suposta trama golpista durante o governo de Jair Bolsonaro. A audiência é conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes e segue até as 20h.

A princípio, o primeiro a depor será o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. Segundo a Polícia Federal, ele teria oferecido tropas da Marinha para apoiar possíveis ações golpistas. A proposta teria ocorrido em uma reunião com os comandantes das Forças Armadas em 2022, onde Bolsonaro apresentou estudos para decretar estado de sítio e acionar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Ordem dos depoimentos desta terça-feira (10)

Após Garnier, os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética:

  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
  • Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto – general do Exército e ex-ministro de Bolsonaro

Resumo do primeiro dia de depoimentos

Na segunda-feira (9), o STF ouviu dois réus:

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, confirmou que Bolsonaro recebeu uma minuta que previa estado de sítio e prisão de ministros do STF. Cid também declarou ter recebido dinheiro de Braga Netto para repassar ao major do Exército Rafael de Oliveira, membro do grupo conhecido como “kids-pretos”.
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da ABIN, negou ter usado a agência para monitorar ilegalmente ministros do STF e do TSE durante o governo Bolsonaro.

Fase final do processo

Os interrogatórios seguem até sexta-feira (13). Alexandre de Moraes ouvirá presencialmente Bolsonaro, Braga Netto e mais seis acusados de participar do núcleo central da tentativa de impedir a posse de Lula após as eleições de 2022.

Essa etapa é uma das últimas da ação penal. O julgamento que definirá a condenação ou absolvição dos réus deve ocorrer no segundo semestre. Caso haja condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

 

 

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