O dólar começou a semana em alta, refletindo, assim, o receio dos investidores sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os temores de uma guerra comercial ampla aumentam, o que poderia, consequentemente, elevar a inflação global e provocar uma recessão em diversos países. Por volta das 9h30, o dólar estava cotado a R$ 5,90; além disso, às 10h30, a alta persistia na mesma cotação.
Na quarta-feira, 2, Trump apresentou um plano em que propôs uma tarifa de 10% sobre todas as importações norte-americanas. Além disso, haveria taxas “recíprocas” mais altas para os países que apresentassem desequilíbrio comercial em relação aos EUA.
As taxas anunciadas foram superiores ao esperado, o que, por sua vez, não estimulou negociações bilaterais, conforme os agentes financeiros haviam antecipado. Até o momento, China, União Europeia e outros países optaram pela retaliação.
Trump declarou no domingo que não pretende negociar com a China sem antes resolver o déficit comercial dos EUA. Ele, portanto, minimizou a reação dos mercados às suas ações.
Enquanto isso, as preocupações sobre a atividade econômica global levam os investidores a buscar ativos seguros. Nesse contexto, eles se voltam para títulos governamentais, metais preciosos e moedas fortes, o que prejudica ativos de países emergentes, como o Brasil.
O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subiu 0,27%, atingindo 102,880. Além disso, a moeda dos EUA também avançou em relação ao real, peso mexicano, rand sul-africano e peso chileno.
No Brasil, analistas consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus mantiveram suas projeções para a inflação e o crescimento. Ademais, as expectativas para a taxa de juros em 2025 e 2026 também permaneceram inalteradas.