Tite armou o Flamengo para suportar a pressão do Palmeiras e quase deu adeus à Copa do Brasil, nesta quarta-feira (7). Jogando no Alianz Arena, o Flamengo perdeu de 1 a 0, mas se classificou para as quartas de final devido a um gol de diferença.
Aos 23 minutos do segundo tempo, Gabriel Menino cobrou uma falta e Flaco López marcou, mas estava em posição de impedimento e o VAR anulou. Ainda no segundo tempo, Tite tirou Luiz Araújo, único em campo com arranque para puxar contra-ataque, e pôs Léo Ortiz.
Durante 90 minutos, o técnico do Mais Querido abriu mão do jogo. Se defensivamente o time tomava um sufoco, ofensivamente conseguiu ser pior. Adenor sequer armou o time para jogadas ensaiadas durante a transição ofensiva.
Retranqueiro e covarde
Não houve estratégia por parte de Tite. Os zagueiros abusaram das bolas longas e Pedro não recebeu um passe sequer para finalização. Postado em campo como um “bonecão de posto”, a defesa o anulou – embora o jogador ainda tenha feito pivôs interessantes contra a zaga, o centroavente não passou disso.
Com menos de 10 minutos para acabar o jogo, Tite colocou Cebolinha em campo, mas não fez diferença em campo. No final das contas, o técnico – que conseguiu fracassar nas copas duas vezes consecutivas – mostrou-se mais uma vez limitado taticamente. Sustentando um fundamentalismo tático no jogo de posição, Tite amarra os jogadores em suas posições.
A falta de aproximação entre atacantes e meio-campistas anula a criação e, consequentemente, a harmonia que há entre este elenco. Fato é que, enquanto um fundamentalista tático, o treinador ‘europeizado’ se tornou um ‘dementador’ do bom futebol. Ao abrir mão da dominância no meio campo – algo que tornou o Flamengo glorioso em 2019, 2020 e 2022 – Tite reforça o motivo de fracassar em duas copas e não ter nenhum título relevante desde que saiu do Corinthians.