Menos de um dia após anunciar um cessar-fogo entre Israel e Irã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás no tom diplomático e acusou ambos os países de violarem o acordo. A trégua, intermediada por Estados Unidos e Catar, deveria ter começado na manhã desta terça-feira (24), mas já enfrenta sérios desafios para se manter.
Trump faz críticas diretas a Israel e Irã
Antes de embarcar para a cúpula da Otan, em Haia, Trump demonstrou insatisfação com os dois lados do conflito. No entanto, direcionou críticas mais duras a Israel:
“Não estou feliz com Israel. Não estou feliz com o Irã também, mas realmente não estou feliz com Israel. Israel tem de se acalmar, tenho de fazer Israel se acalmar”, declarou o presidente norte-americano.
Pouco depois, pelas redes sociais, Trump subiu ainda mais o tom, fazendo um apelo direto:
“Israel, não jogue suas bombas. Se fizer isso, será uma grande violação. Traga seus pilotos para casa, agora! — Donald J. Trump, presidente dos Estados Unidos.”
Cessar-fogo envolveu negociações com Israel, Irã e Catar
Além disso, a trégua anunciada foi resultado de uma rodada intensa de negociações por telefone, liderada pelo próprio Trump. Participaram das conversas o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o emir do Catar.
Segundo a agência Reuters, também estiveram envolvidos na articulação:
- O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance
- O secretário de Estado, Marco Rubio
- O enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff
Futuro do acordo é incerto
Apesar dos esforços diplomáticos, o futuro do cessar-fogo parece incerto. Ademais, a retórica de Trump e os movimentos militares das partes envolvidas colocam em dúvida a efetividade e a durabilidade da trégua.
Resta saber se a pressão pública e os bastidores diplomáticos serão suficientes para restaurar a confiança entre Israel e Irã — ou se o conflito escalará novamente nos próximos dias.