As redes sociais da deputada Carla Zambelli foram retiradas do ar depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), identificou vários discursos de incentivo a intervenção militar e apoio ao bloqueio ilegal de estradas feito por caminhoneiros nos últimos dias.
A decisão do TSE, derrubou ao menos 10 perfis da deputada no Instagram, Facebook, Tiktok, Youtube, WhatsApp, Telegram, Linkedin e Gettr.
Em caso de descumprimento, o TSE prevê uma multa de 150 mil reais.
O Tribunal menciona mensagens que incentivam caminhoneiros a bloquearem rodovias, defendem uma “intervenção militar” e apontam o ministro Alexandre de Moraes como autor de “ordens ilegais”.
A decisão qualifica essas publicações como nocivas à “integridade e normalidade” da eleição e condena “falsas acusações de fraude”. O comportamento pode configurar crime, de acordo com o Código Eleitoral e a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito.
Os atos de Zambelli ocorrem após o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter sido derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição. No sábado 29, a parlamentar causou espanto ao sacar uma arma de fogo e perseguir um homem negro à luz do dia, em um bairro nobre de São Paulo.
Em nota, a deputada declarou que “a Constituição foi rasgada”.
“Em decisão surpresa, sem qualquer direito de defesa, A MULHER MAIS VOTADA DE TODO O BRASIL para o cargo de deputada federal foi calada e impedida de se comunicar com seus 9.524.500 de seguidores divididos em sete redes sociais (Youtube, Facebook, Instagram, Twitter, Telegram, Tiktok e LinkedIn). O Parlamento está sendo violado, censurado e calado”, diz um trecho do texto.
Segundo o comunicado, “o objetivo do TSE é eliminar qualquer reação espontânea de Carla Zambelli nas redes sociais e trocar por uma atmosfera de inibição de pensamento. Em nome da democracia, extingue o direto às reações naturais”.