A ministra Maria Isabel Galotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta terça-feira (4) pela cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Ela também defendeu a inelegibilidade de Castro por oito anos e a realização de novas eleições no estado.
Em seu voto, Galotti afirmou que o governador teve papel central em um esquema de contratações irregulares por meio da Fundação Ceperj e da Uerj, usadas para favorecer sua campanha à reeleição. Segundo a ministra, os pagamentos foram feitos fora da folha de pagamento e diretamente na boca do caixa, sem controle ou transparência.
A relatora também citou depoimentos de testemunhas. Ela relataram coação para apoiar a campanha de Castro nas redes sociais em troca da manutenção dos cargos temporários.
Após o voto de Galotti, o julgamentosofreu interrupção devido ao pedido de vista do ministro Antônio Carlos Ferreira, sem definição de data para retomada. O Ministério Público Eleitoral defende a cassação e a inelegibilidade de Castro. Já a defesa argumenta que o governador apenas sancionou a lei que regulamentou as atividades da Ceperj. Portanto, a Justiça não poderia responsabilizá-lo por irregularidades na execução dos programas.
