A Universidade de Brasília (UnB) oficializou a exclusão do estudante Wilker Leão de Sá do curso de História. A publicação da decisão ocorreu na última quinta-feira (4) e o impede de realizar novas matrículas, conforme recomendação do relatório final do processo disciplinar discente e parecer da Procuradoria Federal. A regra permite recurso.
Razões da exclusão
O influenciador era conhecido por interromper e gravar aulas, confrontando e debochando de professores nas redes sociais, atividade que gerou polêmica sobre liberdade de expressão e respeito institucional.
Além disso, Leão foi condenado pela Justiça do Distrito Federal por injúria e difamação contra um docente. Ele publicou gravações sem autorização, com comentários considerados ofensivos.
Desse modo, a Justiça determinou a substituição da pena de detenção em regime aberto para duas prestações pecuniárias de 15 salários mínimos cada. Ele deverá pagá-las ao professor e a uma entidade pública ou privada.
Repercussão e posicionamentos
A reitoria da UnB classificou a expulsão como consequência de reiteradas violações ao regimento interno, incluindo:
- calúnia, difamação ou injúria a membros da comunidade acadêmica;
- desrespeito a docentes ou técnicos;
- práticas incompatíveis com valores da universidade.
Sindicalistas, como a vice-presidente do ANDES-SN, encararam a medida como vitória da democracia e defesa da autonomia universitária. Já os juristas ressaltam que há precedente favorável à liberdade de registrar aulas, especialmente quando esses registros têm interesse público.
Wilker Leão ainda não se pronunciou sobre a decisão da UnB ou sua condenação judicial.