O governo do Rio de Janeiro colocou todas as forças de segurança em estado de prontidão para a Operação Contenção, deflagrada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital. A ação tem como objetivo impedir o avanço do Comando Vermelho.
Segundo as autoridades locais, o balanço parcial aponta 64 mortos e 81 presos. A operação mobiliza 2,5 mil policiais civis e militares, e segue em andamento.
Em nota, o governo do governador Cláudio Castro (PL) informou que as equipes estão concentradas nas principais vias e áreas de maior circulação, atuando para prender lideranças criminosas e conter a expansão de facções.
A ofensiva provocou impactos em toda a cidade, com aulas suspensas, vias bloqueadas e tiroteios intensos. Imagens registradas desde as primeiras horas mostram criminosos utilizando drones para lançar explosivos contra agentes da Polícia Militar.
De acordo com o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da UFF (Geni-UFF), que monitora ações policiais desde 1989, a Operação Contenção já é a mais letal da história do Rio, superando a operação do Jacarezinho, em 2021, quando 28 pessoas morreram.
O governador Cláudio Castro declarou que a situação ultrapassa as competências estaduais de segurança e classificou o cenário como um “estado de defesa”. Segundo ele, o Rio “está sozinho” e deveria contar com uma integração mais ampla das forças federais.
Castro afirmou ainda que esta é a maior operação da história das forças de segurança fluminenses, resultado de um ano de investigação e 60 dias de planejamento.
“Estamos enfrentando narcoterroristas. Há tentativas de bloquear vias importantes, como a Avenida Brasil, para dispersar a atenção das forças policiais”, disse o governador.
