Os corpos das duas crianças assassinadas na zona rural de Barreirinha, no interior do Amazonas, chegaram à aldeia onde viviam, para o velório que ocorreu sob comoção e revolta. As vítimas, de apenas 2 e 5 anos, morreram de maneira brutal pelo próprio irmão, um adolescente de 17 anos. Ele está apreendido na delegacia de Parintins.
O crime ocorreu nas proximidades da Aldeia Castanhal, pertencente à etnia Sateré-Mawé, localizada a cerca de 331 quilômetros de Manaus. Em vídeos que circulam em aplicativos de mensagens, o jovem confessa os homicídios e afirma que agiu sob ameaça de um tio, identificado apenas como Valdecir. O assassino afirma que ele o coagiu para matar os irmãos com uma arma em mãos.
No entanto, uma segunda versão, apresentada pela mãe das crianças, levanta outra hipótese. Segundo ela, o adolescente estaria sob efeito de entorpecentes, o que pode ter provocado um transe violento e descontrole emocional, levando à tragédia sem influência externa.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) abriu inquérito e apura as duas linhas de investigação — a suposta coerção familiar e o uso de drogas. O caso mobilizou equipes de Barreirinha e Parintins, que também investigam a procedência das armas e das substâncias mencionadas.
Os corpos das vítimas foram levados ao necrotério de Barreirinha para realização de exames periciais e, em seguida, liberados para o velório na comunidade indígena. A tragédia deixou a aldeia mergulhada em dor e indignação. Além disso, reacendeu discussões sobre o impacto do abandono social, da violência e do uso de drogas nas regiões mais isoladas do interior do Amazonas.
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