A Câmara Municipal de Borba absolveu na noite dessa quarta-feira (16) Simão Peixoto (PP). O prefeito está afastado do cargo desde o dia 3 de março deste ano, quando foi preso preventivamente pela primeira vez por crimes de difamação, restrição aos direitos políticos em razão do sexo, ameaça e desacato. Ele foi solto no dia 8 do mesmo mês, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Foram três denúncias e cada uma delas fatiou as votações. Ao todo, três votos foram a favor da comissão processante, quatro pela absolvição em todas as denúncias e dois se recusaram a votar. Votaram pela absolvição o vereador Cláudio Pantoja, Geremias da Cruz, Jacimar Rebelo, Tadeu Linhares.
Sua segunda prisão aconteceu no dia 29 de maio, após fugir em uma lancha e passar seis dias foragido da polícia. Peixoto se apresentou à Polícia Civil e foi encaminhado a uma penitenciária da capital amazonense, onde passou quatro meses preso e foi solto somente no dia 29 de julho. Ele foi alvo da ‘Operação Garrote’ e responde por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, passiva e fraudes em licitação enquanto esteve à frente da Prefeitura. Atualmente ele segue respondendo em liberdade e com uso de tornozeleira eletrônica.
Sobre esta operação, que também fundamentou as denúncias analisadas pela comissão processante, os quatro vereadores entenderam que isto não era motivo suficiente para cassar o mandato de Simão Peixoto.
Sobre a luta entre o prefeito afastado e um cidadão do município que fazia frequentes críticas à sua gestão, um vereador chegou a sustentar em seu voto pela não cassação que o adversário na luta não era ninguém em Borba e que o evento foi apenas para arrecadação de alimentos.
Apesar de não ter seu mandato cassado, Simão continuará afastado do cargo e utilizando tornozeleira eletrônica, além de sequer poder se aproximar da prefeitura de Borba.
Câmara de Borba pauta cassação de Simão Peixoto nesta quarta-feira (16)
