Os vereadores Eduardo Alfaia (Avante) e Rodrigo Guedes (Progressistas) tiveram um bate boca após a tramitação rápida da CPI da Terceirização. O processo aconteceu em menos de 48h e visto pela situação como clara manobra política.
O vereador chamou as CPIs como eleitoeiras e disse que a ação contra a gestão municipal é impetrada pelo candidato a prefeito Roberto Cidade, a mando do governador Wilson Lima.
“A Câmara Municipal de Manaus se presta ao desserviço de uma manobra politica, ao comando de Cidade e Lima. Tudo isso porque David Almeida lidera em todas as pesquisas de intenções de voto.”, declarou.
Hipocrisia na oposição
Alfaia, que também é advogado, alegou que a Câmara não cumpriu sua palavra a respeito da criação de CPIs em período eleitoral. Segundo o vereador, os chefes de liderança selaram um acordo, pois o processo eleitoral contaminaria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
“Houve entendimento de liderança de que não poderiamos abrir CPI da comunicação, pois seria contaminada pelo processo eleitoral, mas aqui não se cumpre acordo de liderança. Era o combinado.”, disse Alfaia.
Alfaia continuou e disse que o presidente da Câmara, Caio André, também não cumpriu com a promessa de fazer uma gestão transparente. O advogado lembrou que entre as últimas gestões, Caio André se destacou em gastos com comunicação.
“Vossa excelência, quando se candidatou a presidente, usou o termo transparência e criticou o ex-presidente. O Ministério Público de Contas diz que sua gestão despencou no portal de transparência. Além disso, os ex-presidentes, como Joelson e David Reis, gastaram entre R$ 2 a R$ 3 milhões. Porém, somente Caio André gastou mais de R$ 18 milhões com comunicação.”.
Em seguida, Alfaia questionou o silêncio do vereador Rodrigo Guedes, que não agiu de maneira contundente com os gastos em comunicação da Câmara.
“Guedes faz criticas contundentes a um prédio que seria construído sob R$ 30 milhões de reais, mas Caio André gastou metade do equivalente a construção do prédio. O senhor comeu abiu?! A Câmara gastou quase o equivalente a 10% do orçamento da Casa.”, disparou.
O embate arrefeceu os ânimos do vereador opositor. Em resposta, Guedes acusou Alfaia de ser um “pau mandado” do prefeito e exigiu que ele “lavasse a boca” ao se dirigi-lo. Alfaia rebateu e o chamou de “vagabundo e palhaço”.