O requerimento que pede explicações da Casa Militar e da Casa Civil do Governo do Amazonas sobre os voos realizados pelo Governador Wilson Lima, no jato particular, foi aprovado na manhã desta quarta-feira (24), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O documento de autoria do deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) pede os dados das viagens realizadas de janeiro a março.
No mês de fevereiro, a justiça proibiu o pregão e a contratação do Jato Executivo, mas em caráter indenizatório, a Casa Militar está pagando a hora voo do mês de janeiro o valor de R$ 443 mil.
Para o parlamentar, o governo desrespeitou a ordem da justiça e brinca com o dinheiro do povo. “Quero ressaltar que a justiça se posicionou contrária ao pregão da utilização do jato. Se não pode licitar o jato na pandemia, como pode pagar em caráter indenizatório, sem licitação e sem contrato? Temos que saber se o Wilson Lima está usando o jatinho, mesmo com a proibição da justiça. A Casa Militar está pagando em março a confissão da dívida de janeiro”, justificou.
Comparativo
Wilker ainda sugeriu que o governador passe a viajar em voo comercial e destine o valor de quase meio milhão para a compra de cestas básicas para os afetados pela pandemia. “A Gol, Latam e Azul estão voando diariamente para Brasília. Se formos fazer uma conta rápida, cada viagem do Wilson Lima encheria esse plenário de cestas básicas. Seriam mais de duas mil cestas básicas a serem distribuídas”, afirmou.
Publicação no DOE
No último dia 18 de março, a Casa Militar publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), o pagamento indenizatório de R$ 433 mil à empresa Rico Táxi Aéreo por aluguel de um jato executivo que prestou serviços ao governador Wilson Lima e comitiva em janeiro deste ano.
No publicação consta que o objeto do contrato é a “liquidação do valor devido, relativo ao pagamento de Reconhecimento de Indenização pelo fretamento de Aeronave tipo Jato Executivo (prefixo PP-MDB), no mês de janeiro de 2021 em razão das ações de apoio logístico em demandas de transporte do governador do Estado e Comitiva”. O documento é assinado pelo secretário da Casa Militar, o coronel Fabiano Bó.