O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida, esteve reunido nesta quarta-feira (26), com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Jorge Nascimento Júnior.
O encontro tratou da necessidade de ampliar o debate sobre o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) no contexto da reforma tributária, em tramitação no Congresso Nacional.
Apesar da geração de mais de 80 mil empregos diretos, faturamento na casa dos R$ 100 bilhões, ainda existe desconhecimento de parte do empresariado em relação ao modelo regional, reconhecido pela própria Organização Mundial do Comércio (OMC).
‘’Temos poucas, mas bravas vozes atuando, e precisamos ampliar o debate, ocupar espaços de construção de ideias, inaugurar fóruns’’, afirmou Almeida.
Conforme o vice-governador, dessa forma, será possível desmistificar inverdades sobre a indústria incentivada de Manaus.
Além do apoio ao estado para diversificar a economia regional a partir da biodiversidade amazônica.
De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em relação ao percentual dos gastos tributários totais do País, a participação da ZFM nesse item caiu de 17,1%, em 2009, para 8,5%, em 2018.
O indicador enfrenta o ataque feito ao modelo, de que é um grande peso em renúncia fiscal. No entanto, o mesmo estudo aponta que quanto maior a atividade na ZFM, menor é o desmatamento.
Da mesma forma, a pesquisa revela que ao longo da existência do modelo, melhoraram os indicadores sociais, como a escolaridade e profissionalização do trabalhador.
O presidente da Eletros, que congrega fabricantes de eletroeletrônicos com peso mundial, com fábricas instaladas em Manaus, entende que “é importante a liderança do Governo do Amazonas na discussão”.
Jorge Júnior lembra ainda que o governo tem garantido que o modelo ZFM será respeitado na discussão sobre a mudança da política tributária nacional.
Portanto, foi o que disse o vice-presidente Hamilton Mourão nesta semana.
Segundo Jorge, o vice-governador busca informações e fortalece a necessária união entre setor produtivo e o governo, na defesa do modelo, da região.