O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu, no último dia 17 de fevereiro, os nomes dos seus 15 vice-líderes na Câmara dos Deputados. Quatro desses parlamentares realizaram solicitações de emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, que totalizam R$ 123 milhões, segundo levantamento feito pelo site Metrópoles.
Considerando também as quantias requeridas por ministros do governo Lula, a soma de indicações do núcleo próximo ao atual presidente chega a R$ 331 milhões. Esses recursos, solicitados em 2022, devem ser liberados a partir deste ano.
As emendas de relator, código RP9, foram alvo de duras críticas de Lula durante a campanha eleitoral de 2022. O petista chegou a classificar esses pagamentos como a “maior vergonha deste país”, Desta forma, não fica claro quanto do valor indicado é que realmente será empenhado, mesmo sob o governo Lula.
Entre os vice-líderes do governo na Câmara, Damião Feliciano (União-PB), Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), Pedro Paulo (PSD-RJ) e Igor Timó (Podemos-MG) discutiram aporte financeiro do orçamento secreto. Esses parlamentares solicitaram recursos, inclusive, após o primeiro turno da eleição presidencial, quando a vitória de Lula ficou clara.
Na lista de indicações das emendas de relator, figuram os ministros: Carlos Fávaro (PSD-MT), da Agricultura; Daniela do Waguinho (União-RJ), do Turismo; Juscelino Filho (União-MA); das Comunicações; André de Paula (PSD-PE), da Pesca; e Alexandre Silveira (PSD-MG), de Minas e Energia.