Durante audiência pública sobre a privatização do gás no Amazonas, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Ari Moutinho Jr. usou adjetivos atrevidos contra o grupo que hoje domina a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), palavras como “ladrões”, “canalhas”, e “quadrilha” foram citadas.
E não parou por aí, ele também atacou o governador Wilsin Lima, chamando – o de “cleptomaníaco” e “imbecil”. A discussão do ‘PL do gás’ A Assembleia Legislativa discute o Projeto de Lei (PL) 153/2020.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE), que é órgão auxiliar do Legislativo, fez uma consulta pública sobre o PL 153/2020. Concluiu por uma posição favorável à abertura do mercado, depois de ouvir, inclusive, a Petrobras. Ari Moutinho Jr. acusou o presidente da Cigás, Renê Levi, que estava falando na sessão online, de mentir para o parlamento. “Se a Cigás for vendida por R$ 100 mil, o Amazonas fica com R$ 54 mil ou com R$ 17 mil?”, indagou. O conselheiro se referia à empresa Manausgás, do empresário Carlos Suarez, que detém 83% da Cigás.
Nota do governador Wilson Lima
“Tomei conhecimento na tarde de hoje do pronunciamento do Conselheiro do TCE-AM Ari Jorge Moutinho da Costa Jr durante audiência pública virtual realizada pela Assembléia Legislativa.
Repudio veementemente as acusações a mim proferidas. A postura é absolutamente inadequada à liturgia que deve ser seguida no exercício do cargo por ele ocupado. A democracia permite idéias divergentes, mas são inadmissíveis ataques a honra de quem quer que seja. Não é um ataque vil ao cidadão Wilson Lima.
É uma ofensa grave ao cargo de governador constituído democraticamente pelo povo. Deixo registrado aqui que tomarei todas as providencias legais cabíveis para que tal conduta seja apurada e punida pela justiça.”