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18 de maio de 2024
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Vídeo: Deputado ameaça punir filha se ela tirar nota boa no Enem

Foto: Câmara dos Deputados

Em um discurso que gerou polêmica, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), conhecido por ser aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prometeu punir a filha caso ela seja bem avaliada no Exame Nacional do Ensino Médio. “Eu falei para a minha filha de 17 anos que fez essa porcaria aqui no domingo, que se ela tiver tirado uma nota boa nisso aqui ela vai sofrer punição”, declarou o parlamentar.

Ele justificou sua posição ao classificar o bom desempenho no Enem como uma indicação de que o estudante se tornou um “avatar ideológico”. Segundo ele, esses indivíduos seriam incapazes de alcançar seu pleno potencial ou pensar de forma independente.

O contexto da afirmação foi uma sessão da Comissão de Educação que contou com a presença de Manuel Palácios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). No encontro, Palacios defendeu o Enem contra acusações de viés ideológico, principalmente em referência à prova aplicada no último domingo (05). As questões do exame que abordaram temas ambientais relacionados ao agronegócio acabaram se tornando alvo de polêmica.

A Frente Nacional da Agropecuária (FPA), que inclui 347 congressistas, já havia expressado descontentamento na segunda-feira (6), solicitando a anulação de três questões que eles consideraram prejudiciais à imagem do agronegócio. Alegavam que as questões tratavam de forma negativa as atividades no Cerrado e na Floresta Amazônica, bem como a nova corrida espacial promovida por bilionários.

Diante dessa tensão, a Comissão de Agricultura da Câmara não demorou a reagir, aprovando na mesma quarta-feira a convocação dos ministros Camilo Santana (Educação) e Marina Silva (Meio Ambiente). O intuito é esclarecer o que foi classificado por alguns como “discriminação” e “perseguição” ao setor do agronegócio.

Contudo, durante a sessão com o Inep, Palácios manteve uma postura firme, negando qualquer possibilidade de anulação das questões controversas e afirmando que não haverá mudanças no formato do exame. “É claro que o Enem não demoniza o agronegócio, é claro que o Inep não demoniza o agronegócio”, salientou Palácios, reconhecendo a importância do setor para o país.

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