Pará – Vídeo gravado por moradores de Alter do Chão e publicado em um perfil do Instagram na manhã deste sábado (4), que descreve “Mais um incêndio de grandes proporções em Alter do Chão”, indicando a recorrência das queimadas na região. As imagens são impressionantes pelo tamanho da área atingida.
Satélites mostram as queimadas
O governo do Estado do Amazonas divulgou hoje imagens dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitoram os focos de queimadas na Amazônia. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, os satélites mostram “a grande contribuição de incêndios florestais no Estado do Pará, próximo à região do Baixo Amazonas, na intensificação da fumaça sobre a capital Manaus desde o final de outubro, quando a qualidade do ar na cidade voltou a ficar comprometida”.
Cinco mil focos
De acordo com o Inpe, de 26 de outubro, até ontem (03/11), 5.305 focos foram registrados no estado do Pará e, em menor intensidade, na Região Metropolitana de Manaus (RMM), onde no mesmo período foram registrados 149 focos.
Apesar da intensificação da fumaça na capital, na sexta-feira, apenas 9 focos foram notificados pelo Inpe na RMM. Na mesma data, 71 focos foram registrados no estado vizinho.
Vento espalha a fumaça
Conforme imagens do satélite GOES-16, fornecidas pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), o fluxo de ventos tem trazido o material particulado em suspensão para a Região Metropolitana de Manaus, que tem encontrado dificuldades em se dispersar devido à ausência de chuvas e calor intenso na região, potencializados pelo El Niño severo deste ano.
Sem chuvas, a massa de calor sobre Manaus deve continuar a interferir na qualidade do ar para os próximos dias, uma vez que as partículas de fumaça têm encontrado dificuldades em se dispersar nessas condições.
Inpa prevê chuvas só em dezembro
De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a estação chuvosa no Amazonas, em 2023, está prevista para começar no mês de dezembro, podendo ainda ser afetada pela continuidade do El Niño, reduzindo o desenvolvimento vertical de nuvens e os volumes de precipitação, o que pode resultar em um período de chuvas abaixo da climatologia da região.
Confira o vídeo:
*Com informações do governo do Amazonas