O repórter e empresário José Raimundo da Silva, conhecido como Zé Real, está acusando o delegado de Coari, José Barradas, de perseguição e ainda o chamou para a briga. O episódio em questão refere-se inicialmente a uma denúncia feita por José Raimundo.
Em fevereiro deste ano, a polícia prendeu Zé Real após ele denunciar que a namorada do delegado estava empregada no gabinete da deputada estadual Mayara Campos. No vídeo, o repórter também afirma que a mulher sequer ia ao trabalho.
Horas depois, a Polícia Civil o prendeu baseado numa denúncia de que José invadia residências para cometer furtos. Contudo, seu advogado conseguiu reverter a situação e ele saiu da delegacia no mesmo dia.
Desde então, o embate entre o repórter local e o delegado não pararam por aí. No mês passado, a polícia o prendeu novamente. Desta vez, sob a acusação de colaborar com a fuga de um faccionado do Comando Vermelho, conhecido pelo vulgo ‘DK’. Além disso, o empresário também era sócio do suspeito, com quem ele tinha uma barbearia na cidade.
De acordo com informações, o vulgo DK estava em sua propriedade após esfaquear um homem devido à uma dívida com o tráfico de drogas. O crime aconteceu no bairro Duque de Caxias.
“Vá trabalhar, delegado!”
Agora, o empresário o acusa novamente de perseguição. Segundo o repórter, Barradas o acusou de relação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma facção fortemente atuante no município. Contudo, o próprio repórter tratou de desmentir a informação baseado na notícia veícula por um site local.
“Como o faço parte do PCC se antes me veiculam ao CV?! Se manque, delegado. Seu ladrão de lancha. Minha gente, ele queria que eu passasse três meses preso. Parou de cair o mensalinho para você? Tô puto contigo. Tire sua farda e venha lutar comigo. Você está usando o poder do estado para se beneficiar. Atenção, governador Wilson Lima.”, disse.
Sumiço de lancha
Outra acusação contra o delegado também diz respeito ao sumiço de uma lancha, em 2020. De acordo com Zé Real, naquele ano o advogado Dr. Gilberto Mitoso relatou a apreensão da embarcação que carregava drogas. Entretanto, a embarcação apareceu novamente no município de Tonantins, após sumir misteriosamente do pátio da delegacia de Coari. Nas duas ocasiões, o responsável pela apreensão foi o tenente-coronel Pedro Moreira.