A primeira medalha do Brasil nas Olimpíadas de 2024, em Paris, é de prata. Neste domingo, Willian Lima perdeu do japonês Hifume Abe na final do judô masculino até 66 kg, mas ficou com o segundo lugar.
O japonês aplicou dois waza-ari (ippon) sobre o judoca brasileiro. Abe era o grande favorito na decisão. Ele era o atual campeão olímpico da categoria e, ao ganhar de Willian, assegura o ouro pela segunda vez seguida.
Willian Lima estreou no tatame de Paris com vitória Sardor Nurillaev, do Uzbequistão, e, na sequência, bateu Serdar Rahimow, do Turcomenistão, indo às quartas de final. O brasileiro admitiu a dor de perder na final.
“A derrota dói, ainda mais em uma final. Eu sabia que tinha condições de ser campeão, eu treinei muito, abdiquei muito da minha carreira, da minha família. Isso dói muito porque eu queria a medalha de ouro. Mas eu fico muito feliz porque eu falei para o meu filho que ia colocar uma medalha no pescoço dele, e eu vou”, disse Willian Lima, em entrevista ao Sportv após a luta.
Nas quartas, o judoca brasileiro fez uma luta intensa contra o mongol Baskhuu Yondonperenlei e conseguiu a vitória no golden score, cenário que se repetiu nas semis, contra Gusman Kyrgyzbaeyv, do Cazaquistão.
O paulista de 24 anos fez história nos Jogos Olímpicos de Paris. Além de ter assegurado o primeiro pódio nacional na capital francesa, ele também se tornou o primeiro judoca brasileiro masculino a atingir uma final olímpica desde as Olimpíadas de Sydney, Austrália, em 2000.
Antes de medalhar em Paris, as principais conquistas de Willian Lima haviam ocorrido em nível de Grand Slam. Ele conquistou o bronze nos Grand Slams de Tblisi e Tashkent, em 2024, e prata no Grand Slam de Antalya, em 2022.
O judoca também foi campeão no Campeonato Pan-Americano e da Oceania, disputado em abril, no Rio de Janeiro, e levou o bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, em 2023.