Nesta quarta-feira (7), em Brasília, o governador Romeu Zema (Novo) voltou a defender que crianças possam frequentar escolas públicas sem necessariamente estarem vacinadas, e que os alunos devem estudar para que optem por se imunizarem ou não.
“Toda criança tem direito de frequentar a escola”, diz Zema. “(A criança) vai aprender ciência para que ela tenha condições no futuro, diferente do que já aconteceu no passado, queremos que ela venha a decidir se quer ou não ser vacinada”, defendeu ele.
O governador alegou que é uma questão de “liberdade” e que, apesar de tanto ele como os filhos e o restante da família estarem vacinados, respeitavam a decisão individual de quem não queira se vacinar.
“Eu sou um liberal e tenho que respeitar isso”, expressou o governador. “Em Minas Gerais a escola está aberta para todos e nós vamos mostrar que a vacina é importante. Agora mesmo mostrando, se alguém não quiser é uma opção individual”.
Ao ser questionado se falta de obrigatoriedade da vacina nas escolas abriria brechas para que crianças fiquem mais vulneráveis, o chefe do executivo de Minas respondeu que tem de “respeitar o direito de cada um decidir qual o melhor tratamento para si”.
A obrigatoriedade é prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo o parágrafo 14 do estatuto, “É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.
O governador, contudo, não especifica se a medida seria apenas para a vacina de Covid-19 ou abrangeria todo o calendário de vacina infantil.