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22 de novembro de 2024
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Caso Vini Jr: Promotor pede 4 anos de prisão para torcedores do Atlético

Foto: Divulgação

Um promotor espanhol disse nesta terça-feira (5) que solicitou penas de quatro anos de prisão, por crime de ódio, para quatro torcedores de futebol depois que um boneco negro vestido como o atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, foi pendurado pelo pescoço em uma ponte no mês de janeiro.

Uma faixa com os dizeres “Madri odeia o Real” e um boneco inflável com uma réplica da camisa 20 de Vinicius apareceram pendurados em uma ponte perto do campo de treinamento do clube, antes de uma partida contra o rival Atlético de Madrid, em 26 de janeiro.

O promotor acusou quatro membros do grupo radical de extrema-direita Frente Atlético, que são torcedores do Atlético de Madrid, de fazer ameaças contra Vinicius Júnior e também de infringir direitos fundamentais, segundo um comunicado da promotoria.

Os quatro mostraram “um sinal inequívoco de desprezo e repúdio à cor da pele da vítima e uma tentativa de minar sua paz de espírito”, afirmou.

O promotor também solicitou uma indenização conjunta de 6 mil euros (cerca de R$ 32 mil) por responsabilidade civil pelos danos morais causados ao jogador de futebol.

Os quatro homens, que se recusaram a depor quando foram presos em maio, foram libertados sob fiança depois que um tribunal os proibiu de se aproximar de Vinecius ou de se comunicar com ele. Eles também foram impedidos de entrar no estádio e no campo de treinamento do Real, bem como no estádio do Atlético.

Vinicius Júnior esteve no centro das atenções na Espanha no início deste ano depois de chamar LALIGA e o próprio país de racistas, após agressão verbal de torcedores que ele sofreu durante outro jogo do Real Madrid em Valencia, no mês de maio.

O jogo foi interrompido por 10 minutos quando o atacante brasileiro chamou a atenção para os torcedores que gritavam insultos contra ele. Em seguida, ele se envolveu em uma discussão com alguns jogadores do Valencia, o que o levou a ser expulso no segundo tempo.

Desde então, o mundo esportivo se solidarizou com o jogador de 23 anos e o governo brasileiro exigiu sanções severas contra os responsáveis pelos insultos raciais.

Em outubro, Vinicius depôs como testemunha em uma investigação judicial contra três torcedores por supostamente terem feito gestos racistas contra ele durante a partida em Valencia. Ele também foi chamado para depor em um caso semelhante sobre insultos no estádio do Mallorca em fevereiro.

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