Às 00h30 deste domingo (2), o Grêmio Recreativo Escola de Samba (GRES) Vila da Barra pisou na avenida. A escola, localizada no bairro da Compensa, zona oeste de Manaus, emocionou a torcida com o enredo “Njinga – A Rainha de Angola”.
Njinga Mbandi: A Rainha de Matamba
O enredo homenageia Njinga Mbandi (ou Ana de Sousa), uma rainha que resistiu à ocupação portuguesa por mais de 40 anos. Njinga, ícone de luta e resistência, viveu até os 80 anos e faleceu em 1973. Ela se tornou um símbolo de bravura e fé para seu povo.
Samba-enredo emocionante
Os “crias da Vila” cantaram em uníssono: “Que samba é esse que mexe com meu coração… Mãe África, meu chão é de Angola.” O samba-enredo, criado por Ronney Cruz, foi interpretado por Felipe Tinoco e Mestre Cabeça. A bateria “Pegada da Onça”, sob a batuta do mestre Jhames Bessa, incorporou atabaques, reforçando a identidade africana do enredo.
Importância do enredo
O carnavalesco Tiago Fartto destacou a relevância do tema. “Falar de negritude é sempre bom. O samba é o tambor do negro, o negro que ainda enfrenta discriminação”, afirmou Tiago. Ele ressaltou a importância de resgatar a história de Njinga, uma figura que tentaram apagar.
Evolução e harmonia na avenida
A Vila da Barra conta com uma comunidade talentosa, pronta para conquistar os jurados. O desfile também marcou a estreia de Isabella Santos, 20 anos, como porta-bandeira, ao lado do mestre-sala Rodrigo Fernandes, de 33 anos.
Representatividade na bateria
Keise Rosa, a rainha da bateria, expressou sua emoção ao representar Njinga. “É um momento de muita representatividade. Hoje, sou uma mulher preta que traz no peito a força da mulher. Temos muito ainda a conquistar”, destacou Keise.
Vila da Barra: Uma noite de celebração
Com um enredo poderoso e uma comunidade apaixonada, a Vila da Barra promete fazer história na avenida. A escola resgata a força da resistência africana em uma noite de celebração ao samba e à cultura afro-brasileira.