21 de outubro de 2025
AmazonasDestaques

Ex-secretários de Wilson Lima são indiciados por tentativa de fraudar eleições em Parintins

O material foi enviado ao Ministério Público Eleitoral, que irá avaliar as provas reunidas pela investigação e decidir se oferecerá denúncia formal à Justiça.

A Polícia Federal indiciou cinco agentes públicos, incluindo ex-secretários do governo Wilson Lima, tentativa de fraude às eleições em Parintins, no interior do Amazonas. A conclusão do inquérito da Operação Tupinambarana Liberta aponta o grupo por aconteceu nesta quarta-feira (27). Agora, eles podem responder por organização criminosa, corrupção eleitoral e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

De acordo com a PF, os ex-secretários utilizaram estrutura do governo do Amazonas — com o apoio de policiais — para beneficiar a candidatura de Brena Dianná à Prefeitura de Parintins. Desse modo, as ações investigadas envolvem compra de votos, obstrução do direito ao voto e uso indevido de recursos públicos.

Ministério Público decidirá sobre denúncia

Com a conclusão do inquérito, o material foi enviado ao Ministério Público Eleitoral, que irá avaliar as provas reunidas pela investigação e decidir se oferecerá denúncia formal à Justiça. As penas somadas pelos crimes podem chegar a 20 anos de prisão.

Ademais, a investigação revelou também que houve omissão intencional por parte de agentes do governo, com o objetivo de dificultar a atuação da PF e proteger o grupo político envolvido. Os indiciados monitoraram opositores e tentou frustrar ações da corporação em campo.

Vídeo de reunião comprometedora deu início à operação

A princípio, a apuração começou em 16 de agosto de 2024, após a PF obter um vídeo gravado em 2 de agosto. Na ocasião, houve uma reunião na casa de Adriane Cidade, ex-assessora e prima do deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil). À época, ele era pré-candidato à Prefeitura de Manaus, com apoio do governo estadual.

Na gravação, ex-secretários do governo Wilson Lima e policiais militares discutem ações ilegais em campanhas anteriores. Entre elas: compra de votos, monitoramento de viaturas da PF para burlar operações, e até um plano para forjar prisões com supostos criminosos ligados a milícias e facções. O objetivo seria gerar impacto político e midiático.

Facção criminosa e coação a eleitores

Durante a operação, a Polícia Federal também identificou indícios de que líderes comunitários ligados ao crime organizado estavam ameaçando eleitores e impedindo candidatos adversários de circular em determinadas áreas da cidade de Parintins, reforçando a gravidade do esquema.

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