3 de setembro de 2025
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PIB do Brasil cresce 0,4% no segundo trimestre puxado pelo consumo das famílias

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O PIB do Brasil registrou crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025 em comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo IBGE. O resultado foi puxado principalmente pelo consumo das famílias, que avançou 0,5% no período e representa 63,8% da economia nacional.

No acumulado de 12 meses, a economia brasileira cresceu 3,2%.

Desempenho dos componentes do PIB

Na ótica do consumo, o IBGE apontou os seguintes resultados entre o primeiro e o segundo trimestre:

  • Consumo das famílias: +0,5%
  • Consumo do governo: -0,6%
  • Investimento: -2,2%
  • Exportação: +0,7%
  • Importação: -2,9%

Além do consumo das famílias, as exportações também registraram alta, mas com menor impacto, já que representam apenas 18% do PIB.

Juros altos freiam economia

O crescimento de 0,4% mostra desaceleração frente ao resultado do primeiro trimestre, quando o PIB avançou 1,3%. Segundo o IBGE, a política de juros altos do Banco Central, com a Selic a 15% ao ano — maior patamar desde 2006 —, é o principal fator que limita a expansão da economia.

Ainda assim, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, destacou que a economia tem mostrado resiliência, sustentada pelo mercado de trabalho aquecido e pela política fiscal expansionista.

Emprego e renda em alta

O Brasil atingiu a menor taxa de desemprego da série histórica iniciada em 2012, com 5,8% no segundo trimestre. O rendimento médio do trabalhador também bateu recorde, chegando a R$ 3.477.

Programas sociais, como o Bolsa Família, reforçaram esse desempenho. Atualmente, o benefício médio é de R$ 671,54, atendendo 19,19 milhões de famílias em todo o país.

Apesar da Selic elevada, Palis afirmou que o crédito para famílias segue crescendo, enquanto o crédito para empresas apresentou desaceleração.

Tarifaço de Trump ainda não afetou o PIB

As exportações brasileiras subiram 0,7% no segundo trimestre. O resultado ainda não reflete o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em vigor desde agosto.

Segundo Palis, os impactos devem aparecer no próximo trimestre, mas ressaltou que os Estados Unidos já não são o principal parceiro comercial do Brasil. Hoje, a China ocupa essa posição, respondendo pela maior fatia das exportações brasileiras.

De acordo com o ministro Geraldo Alckmin, o tarifaço atinge 3,3% das exportações do Brasil.

 

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