O empresário, jornalista e dono do site Portal do Generoso, Marcelo Generoso, realizou uma transmissão ao vivo denunciando ameaças e coações contra jornalistas no Amazonas.
Ele apontou contradições de colegas da imprensa e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SINJOR/AM) e também comentou casos de censura envolvendo veículos locais, incluindo o site Amazonas 1.
Na ocasião, o proprietário precisou remover uma matéria sobre uma decisão de um conselheiro convocado, auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), que permitiu pagamentos milionários, supostamente recheados de fraudes, à Secretaria Estadual de Educação.
Críticas ao Sindicato
“Jornalistas estão sendo ameaçados e coagidos a editar ou remover matérias de interesse público. Por onde anda o Wilson Reis, presidente do SINJOR? Por onde anda a vice-presidente, Paula Litaiff? A obrigação de vocês é se manifestar. Mas sei por que não fazem: existe uma relação que envolve votos e interesses próprios”, disse Generoso.
O jornalista relatou casos de pressão direta contra profissionais: familiares de jornalistas teriam sido ameaçados para que retirassem matéria do ar, sob risco de cancelamento de contratos publicitários.0 “Final de semana foi algo horroroso. Um pai teve que pedir ao filho que tirasse a matéria, porque senão cancelariam um contrato. Isso não pode continuar”, contou.
Indignação seletiva
Generoso criticou colegas que, segundo ele, não investigam irregularidades do governo estadual:
“Alguns jornalistas só enxergam o cruzetorial da prefeitura, não do governo do Estado. Com tudo que está acontecendo, nós estamos noticiando, mas eles não fazem o mesmo”.
Primeiramente, ele afirmou que não aceitará mais ameaças e que, em futuras transmissões, apresentará documentos, áudios, prints e imagens para comprovar as denúncias:
“Se tiver que ir ao Ministério Público, ao Ministério Público de Contas ou ao Conselho Nacional de Justiça, eu vou. Basta. A relação entre poderes e imprensa precisa ser de respeito e compromisso. Homem que é homem honra seus compromissos e contratos, porque ninguém trabalha de graça”.
Marcelo Generoso destacou sua atuação como representante da classe, à frenteAssociação de Blogs e Portais (ABRABP)
“Defenderei meus colegas. Não aceitarei mais coações de quem quer que seja, seja dono de agência, empresário ou outro. Deixe a gente trabalhar, deixe a gente ser livre, deixe a gente investigar. Se a matéria estiver errada, processe juridicamente, mas não ameace”.
Parcialidade
Ademais, o jornalista criticou a postura do sindicato, que considera parcial e disse que, a partir de agora, documentará tudo o que acontecer referente a ameaças.
“Se fosse uma nota do movimento LGBT, eles se manifestariam. Se criticassem o presidente Lula, eles se manifestariam. Mas quando somos coagidos e ameaçados, fica por isso mesmo? Não. Eu vou documentar tudo na próxima vez. Quero que o SINJOR tenha a decência de se manifestar e investigar os fatos”.
Generoso ressaltou que atua em prol do interesse público.
“Estou a serviço do povo, porque é o povo quem paga esses contratos. Não vou me intimidar com ameaças de perder contrato. Já segurei muita coisa nos bastidores para que não colapsasse a saúde pública ou que servidores recebessem seus salários. Resolvi pepinos que ninguém mais resolveu”.
“Hoje, o que eu falo reverbera em páginas com centenas de milhares de seguidores. Eles vêm atrás de mim porque sabem que eu resolvo. Mas não sou otário, e se pensam que vou me ajoelhar, estão muito enganados”.
O jornalista concluiu afirmando que continuará combatendo ameaças e coações contra a imprensa:
“Não dá para trabalhar desse jeito. Deixe todos trabalharem. Se houver erro, utilize o jurídico. Mas não ameace. Deixe a gente investigar. Isso termina hoje. Basta. Entendam que estamos a serviço da população e não nos curvaremos diante de interesses privados”.
As declarações de Marcelo Generoso evidenciam a tensão entre imprensa, sindicatos e poderes públicos no Amazonas. Portanto, isso levanta questionamentos sobre liberdade de imprensa, ética jornalística e transparência na administração estadual.