A divulgação da inflação de outubro — a menor para o mês em quase três décadas — levou o mercado financeiro a reduzir a previsão do IPCA de 4,55% para 4,46% em 2025, aproximando o indicador do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%. As projeções fazem parte do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central.
O resultado de outubro, influenciado principalmente pela queda na conta de luz, fez o IPCA avançar apenas 0,09%, menor marca para o mês desde 1998. Em 12 meses, a inflação ficou em 4,68%, abaixo de 5% pela primeira vez em oito meses, mas ainda acima do teto da meta.
Mesmo com a desaceleração inflacionária, o Banco Central mantém a Selic em 15% ao ano, ressaltando que o cenário externo continua incerto e que a inflação doméstica segue resistente. O Copom admite, inclusive, a possibilidade de voltar a elevar os juros se necessário. O mercado projeta que a Selic termine 2025 nesse mesmo patamar, caindo para 12,25% em 2026 e atingindo 10% em 2028.
Quanto ao crescimento econômico, o Focus manteve a estimativa de 2,16% para o PIB deste ano. As previsões para os próximos anos indicam ritmo moderado: 1,78% em 2026, 1,88% em 2027 e 2% em 2028. O dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,40, com projeção de R$ 5,50 ao fim de 2026.
