Durante a sessão desta quinta-feira (12) da CPI da Covid, o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, chamou o relator da Comissão, o senador Renan Calheiros, de “ditadorzinho” durante um tumulto na Casa.
A confusão começou após a exibição de um vídeo do deputado Luís Miranda dizendo que, ao ouvir sobre irregularidades no contrato de compra das vacinas da Covaxin, Bolsonaro teria citado o nome de Ricardo Barros, que presta depoimento à Comissão.
O relator, Renan Calheiros, pediu que o depoente se explicasse sobre a citação de seu nome no episódio, mas a resposta gerou a revolta da cúpula da CPI. Barros perguntou se poderia exibir o vídeo novamente, mas foi imediatamente interrompido pelo vice-presidente da Comissão, Senador Randolfe Rodrigues, que afirmou se tratar de um procedimento “totalmente impróprio”.
Diversos senadores criticavam a negação da repetição do vídeo ao mesmo tempo. Luis Carlos Heinze chegou a dizer que o procedimento é impróprio apenas quando não interessa à cúpula da comissão. Flávio Bolsonaro pediu que os senadores deixassem Barros fazer sua defesa, mas diante da recusa, disparou contra o relator.
– Deixa o cara fazer a defesa dele! É um ditadorzinho mesmo, não é? Deixa ele fazer a defesa dele p****! – insistiu o senador.
O senador Fernando Bezerra Coelho também acusou o senador Randolfe de estar “tolhendo, tirando o direito” de resposta de Ricardo barros.
– Censura! Censura! Quer censurar o depoente? – interpelou Flávio.
O vídeo só pôde ser reexibido após a suspensão e retomada da CPI.