A Polícia Civil indiciou a advogada Adriane Cristine Cabral Magalhães, por tentativa de extorsão contra o próprio colega de profissão, a quem acusou de estupro.
A decisão, assinada pela delegada Grace Louisa Souza Jardim, no dia 15, aponta que Adriane tentou negociar um acordo financeiro de R$ 500 mil. O alvo da extorsão é o advogado Francisco Charles Garcia Júnior. Assim, ela manteria o silêncio e não levaria áudios, mensagens de texto e depoimentos de testemunhas do caso às autoridades e imprensa.
O advogado Antônio Lúcio Maia confirmou a participação em uma reunião na qual Adriane propôs o pagamento de R$ 500 mil para “resolver o caso”. Ele afirma que o objetivo da proposta evitaria o encaminhamento da denúncia às autoridades ou à imprensa, reforçando a tentativa de extorsão.
Apesar das acusações, Adriane Magalhães nega veementemente e afirma que a denúncia é uma tentativa de intimidação comum em casos de violência sexual.
Portanto, a advogada declarou que nunca pediu dinheiro e que apenas comunicou a esposa de Charles sobre os relatos feitos pela vítima. “Minha postura sempre foi pautada pela legalidade e pela transparência”, afirmou.
Além disso, ela acusa o advogado de Charles de ter sido o primeiro a propor um pagamento de R$ 50 mil sob o pretexto de direitos trabalhistas e reforça que atua pro bono no caso.
Adriane também destaca que a instauração do inquérito aconteceu somente após a repercussão pública do caso de estupro. Por fim, ela questionou o motivo da demora em apresentar a suposta solicitação de extorsão às autoridades.