O presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), Anderson Sousa, está promovendo uma transformação na relação com as prefeituras do interior do Amazonas.
Em entrevista ao portal Amazonas Digital, o ex-prefeito de Rio Preto da Eva comentou sobre a finalidade da AAM e sua presença no debate público.
“A associação nasceu com a finalidade de fazer esta relação entre governo estadual e federal, por meio da participação nos conselhos e debates de políticas públicas. Estamos promovendo uma transformação na busca por melhores condições na saúde, educação e meio ambiente. A COP 30, por exemplo, será uma oportunidade para a discussão sobre resíduos sólidos, saneamento básico, abastecimento de água e outros.”
Participação em conselhos e orientações às prefeituras
Sob comando de Anderson Sousa, a Associação dos Municípios expandiu sua participação através de parcerias com o TCE, TRE TJAM. Além disso, a Associação passou a oferecer orientações administrativas e contábeis às prefeituras.
“Participamos do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas, Suframa, conseguimos cadastrar todos os municípios no Ministério da Cultura. A Lei Paulo Gustavo e Aldir Blanc operam hoje no Amazonas por conta desse trabalho que a Associação efetivou. Através do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) fizemos boas parcerias sobre a ouvidoria. Temos convênio com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), onde fazemos, em conjunto, o termo de cooperação para a manutenção dos fóruns, conselhos tutelares e regularização fundiária. Por fim, temos um projeto com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) que diz respeito à ouvidoria da mulher.” disse.
“Estamos dando assistência às prefeituras de várias formas e uma delas é o INSS Digital, que gera facilidade ao cidadão, ao invés dele vir a Manaus para preparar o trâmite da aposentadoria. Há também o AM Capacita, que oferece capacitação através de links para todo o Amazonas, além do AM Itinerante. Este programa oferece ao prefeito uma equipe para solucionar problemas da administração pública, seja através do setor adminstrativo, contábil e demais orientações.” continuou.
Suframa e o processo de interiorização
Sobre a captação de recursos às prefeituras, a Associação dos Municípios elaborou uma cartilha onde elenca pontos específicos e e orienta como os gestores devem captar recursos. Questionado sobre o processo de desenvolvimento da da Suframa e sua relação à região metropolitana de Manaus, Anderson afirma que esta ‘interiorização’ infelizmente não aconteceu.
“O processo de desenvolvimento da Suframa com relação à região metropolitana de Manaus se arrasta desde sua criação. Infelizmente a interiorização do setor primário não aconteceu. Na época, muitas empresas que ganharam terrenos para construção das fábricas receberam os incentivos e depois abandonaram seus projetos. Hoje a população de Rio Preto da Eva ocupou estas áreas e, embora esteja além do meu alcance, o consenso que criamos é que cada prefeito trabalhe sua forma de desenvolvimento local. Estamos apresentando projetos por calhas de rio, onde há benefícios para produtos daquela região. Por exemplo, se o Alto Solimões está rico em produção de copaíba e andiroba, então trabalharemos o envasamento do óleo in natura às empresas.”, concluiu.
A Associação, que hoje reside em um prédio alugado, em breve irá mudar para um imóvel próprio. Por meio do governo federal, a AAM conquistou a utilização, por 30 anos, de um local com 12 salas no Manaus Shopping Center. O mandato de Anderson como presidente da Associação seguirá até 2029.