A Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), e das Forças de Segurança, divulgaram nesta segunda-feira (02/06) os resultados da Operação Caminhos Seguros. Nesse período, 108 crianças e adolescentes foram resgatadas de situações de exploração sexual ou vulnerabilidade. Além disso, 139 adultos foram presos e quatro adolescentes apreendidos, principalmente por suspeitas de crimes de estupro contra crianças e adolescentes.
Durante os 30 dias de operação, mais de 900 servidores públicos participaram de ações de repressão e prevenção aos crimes de exploração sexual. Essas ações incluíram trabalhos educativos, panfletagens, palestras e postagens em mídias digitais, alcançando mais de meio milhão de pessoas. Assim, o esforço conjunto buscou proteger as crianças e adolescentes, promovendo conscientização na sociedade.
As atividades também envolveram a Central Integrada de Fiscalização (CIF), que atuou em motéis e pousadas irregulares, semáforos de vias principais e embarcações atracadas nos portos de Manaus. Além disso, todos os órgãos que compõem a rede de proteção de crianças e adolescentes participaram das ações, reforçando a integração na luta contra esses crimes.
O delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Bruno Fraga, destacou a importância da atuação no interior do estado. Segundo ele, a operação resultou na prisão de 139 suspeitos de abusos, com vários flagrantes e medidas cautelares cumpridas, o que garantiu que esses criminosos permanecessem reclusos.
O subcomandante da Polícia Militar do Amazonas, coronel Thiago Balbi, ressaltou a abrangência da operação nos 62 municípios do estado. Ele explicou que a Polícia Militar realizou patrulhamento escolar preventivo, policiamento ostensivo em áreas de risco, abordagens qualificadas e apoio à fiscalização com os conselhos tutelares e outros órgãos da rede de proteção.
Ações Educativas
Além das ações de repressão, a Operação Caminhos Seguros teve forte foco na prevenção. Os agentes realizaram mais de 330 palestras que alcançaram cerca de 40 mil pessoas. Por fim, aconteceram também interações por meio de programas como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e o projeto Formando Cidadãos.
De acordo com a delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Juliana Tuma, as ações educativas tiveram papel fundamental. Ela destacou que a equipe esteve diariamente em escolas, dialogando com alunos, crianças e adolescentes, levando mensagens de apoio e conscientização.
A secretária de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Jussara Pedrosa, reforçou a importância do trabalho preventivo. Segundo ela, fornecer informações de qualidade às crianças e adolescentes é a melhor forma de protegê-los. Dessa forma, o trabalho os ajuda a entender o que é violência e quais canais podem usar para buscar ajuda.