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22 de novembro de 2024
Brasil

Decisão de Paulo Guedes sobre a ZFM repercute negativamente e ministro é duramente criticado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, adotou um discurso de defensor da Zona Franca de Manaus (ZFM) quando assumiu a pasta no início da gestão do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Entretanto, na prática é totalmente diferente.

Guedes tem se mostrado contra a ZFM e constantemente vem fazendo ataques à principal fonte da economia do Amazonas. Dessa vez, o ministro armou um novo golpe, reduzindo em 10% da alíquota de importação sobre eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos.

A decisão do ministro Paulo Guedes não foi vista com bons olhos e passou a sofrer críticas de políticos e personalidades do Amazonas. O vereador Diego Afonso (PSL) pediu união e lutar em prol da ZFM.

“Todos nós, representantes do povo do Amazonas, estamos unidos para defender a nossa matriz econômica. A decisão do ministro Paulo Guedes de reduzir em 10% a alíquota do imposto para importação de eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos, é mais um golpe Zona Franca de Manaus”, complementou.

O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) criticou a decisão de Paulo Guedes nas redes sociais.

“Eu queria entender qual a lógica de quem aumenta imposto para a indústria nacional e desonera a importação. Só se o Brasil tomou a decisão de ser exportador de tributos e de empregos. A redução e impostos de importação deve ser calibrada com a redução do custo Brasil”, reitera.

Repúdio

Diante da situação, os membros da bancada amazonense devem se unir na Câmara dos Deputados para debater sobre a decisão de Paulo Guedes. Entretanto, o assunto será discutido no parlamento municipal.

O vereador Rodrigo Guedes (PSC) irá apresentar uma moção de repúdio na Câmara Municipal de Manaus (CMM) na próxima sessão plenária.

“Mais uma vez o governo federal desfere um golpe pelas costas do AM através de medida que detona a competitividade do polo de componentes eletrônicos do PIM (Polo Industrial de Manaus). O sonho do Paulo Guedes é acabar com a ZFM. Vou apresentar moção de repúdio na CMM. Não podemos aceitar, simplesmente”, disse.

Jalil Fraxe, diretor-presidente do Instituto Estadual de Defesa do Consumidor (Procon-AM), fez cobranças ao Ministério da Economia e defendeu a ZFM.

“A ZFM sofre constantes ataques, não é possível que os amazonenses defendam essa política proposta pelo ME. Que é necessário investir em outras matrizes, ninguém discute, mas o PIM e o DAS são, sobretudo, mecanismo que garantem dignidade para o povo amazonense”, conclui.

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