Manaus – Durante o mês de conscientização sobre a endometriose, especialistas destacam que hábitos saudáveis ajudam a controlar a doença e aumentam as chances de gravidez. No Brasil, cerca de 10,4 milhões de mulheres, em sua maioria jovens em idade fértil, convivem com a endometriose.
Essa doença ginecológica crônica, causada por fatores genéticos, hormonais, imunológicos e menstruais, faz o tecido endometrial crescer fora do útero, gerando inflamação, cólicas, dor, fadiga, desconforto sexual e infertilidade.
Adotar um estilo de vida saudável – com exercícios leves, alimentação equilibrada e apoio psicológico – reduz a inflamação, alivia os sintomas e melhora a fertilidade. “Boa alimentação e atividade física regulam os sintomas e aumentam as chances de concepção”, explica o ginecologista Francis Helber, do Hospital São Luiz São Caetano.
A inflamação crônica compromete trompas, óvulos e a implantação do embrião, o que dificulta a gravidez. Por isso, controlá-la é essencial.
O Hospital São Luiz São Caetano, no ABC paulista, conta com um núcleo especializado em endometriose. Uma equipe multidisciplinar composta por ginecologistas, cirurgiões, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas oferece diagnóstico e tratamento personalizados.
A doença pode afetar órgãos como bexiga, intestinos e diafragma, comprometendo a saúde física e emocional. Caminhadas, natação, yoga e pilates, junto com uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes com ômega-3 e carnes magras, aliviam os sintomas.
“O tratamento integrado com exercícios, fisioterapia e psicoterapia eleva a endorfina, controla a dor e melhora o bem-estar”, afirma Helber. Em casos graves, os médicos podem indicar cirurgia por videolaparoscopia para retirar os focos da doença.