Os Estados Unidos reabriram a Estação Naval Roosevelt Roads, em Porto Rico, após 21 anos, como parte de uma grande mobilização aeronaval contra cartéis do narcotráfico supostamente ligados à ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela. A base histórica, criada em 1943, já foi central em operações americanas na região, incluindo intervenções em Granada, Panamá, República Dominicana e Haiti.
A ação é interpretada pelo governo de Caracas como uma ameaça direta ao regime de Maduro, indiciado por tráfico nos EUA. O país pôs uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua prisão. De acordo com Washington, o objetivo é combater o cartel Tren de Aragua, apontado como controlado pelo presidente venezuelano, embora Maduro negue envolvimento. Em três operações recentes, ataques a embarcações atribuídas ao cartel resultaram em ao menos 14 mortes.
A mobilização inclui a força expedicionária do USS Iwo Jima, acompanhada dos navios USS San Antonio e USS Fort Lauderdale, com mais de 3.150 fuzileiros prontos para ação. A frota conta com helicópteros, aviões Osprey, caças Harrier e F-35, além de cargueiros C-5 Galaxy e C-17 Globemaster-3, aviões de vigilância e reabastecimento aéreo. Também participam um cruzador, três destróieres e um submarino nuclear, com cerca de 140 mísseis Tomahawk e mais de 400 armamentos a bordo.
Em resposta, Maduro destacou que possui mísseis antinavio chineses e iranianos e realizou sobrevoos próximos a destróieres americanos.