Policiais militares são acusados de agredir fatalmente Carlos da Silva Coelho, de 28 anos, morador da comunidade de Pedras, no município de Barreirinha, interior do Amazonas. Infelizmente o jovem faleceu em Manaus, após permanecer vários dias em coma, em estado gravíssimo. Agora, família e os moradores da comunidade exigem justiça pelo ocorrido.
O caso aconteceu na noite do último domingo (18), por volta das 21h30, durante uma briga entre jovens próximo à Igreja de São João Batista, no distrito de Pedras. Segundo relatos de testemunhas, os policiais estavam consumindo bebidas alcoólicas em um bar próximo e chegaram ao local visivelmente alterados. Assim, a situação se agravou ainda mais.
Carlos, que passava pela rua e não participava da confusão, tentou impedir que alguns jovens invadissem uma casa. Ao tentar intervir e alertar os policiais sobre sua conduta, dois PMs o agrediram com golpes de cassetete na cabeça. Consequentemente, ele desmaiou, sangrando no chão, e os policiais atiraram para o alto para dispersar as pessoas que tentavam ajudá-lo, impedindo que recebesse socorro imediato.
Posteriormente, Carlos foi levado inicialmente à Unidade Básica de Saúde (UBS) do distrito e depois o transferiram para o hospital do município. Posteriormente, o encaminharam ao Hospital Jofre Cohen, em Parintins, mas a gravidade do rapaz exigiu uma última transferência para Manaus, no JPS João Lúcio.
Morte cerebral
Lá, ele permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No entanto, os médicos informaram à família que 90% do cérebro de Carlos estava tomado por sangue, com apenas o coração funcionando. Por fim, os familiares decidiram autorizar o desligamento dos aparelhos, e Carlos veio a óbito.
Este caso gerou grande comoção na comunidade e revolta entre os moradores. No dia seguinte ao episódio, o comandante da Polícia Militar de Barreirinha, tenente Gildo Asis, esteve no distrito e retirou os policiais envolvidos sem qualquer detenção.
Além disso, os nomes dos agentes acusados foram identificados como Marcos Serafim dos Santos, E. Borges, Rosenilson de Sales Nascimento e Marcelo Samuel dos Santos.
Carlos deixa uma esposa grávida de dois meses. A família exige a prisão dos policiais envolvidos e afirma que não vai descansar até que haja responsabilização. Portanto, a busca por justiça continua na esperança de que as autoridades tomem medidas cabíveis.