Entre maio e a primeira semana de julho de 2025, o Governo do Amazonas implantou Grupamentos Integrados de Combate a Incêndio e Proteção Civil (GCIP) em cinco municípios que não possuíam bases fixas do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). As cidades beneficiadas foram Tapauá, Novo Aripuanã, Maués, Lábrea e Manaquiri.
Primeiramente, a implantação dos GCIP foi determinada pelo governador Wilson Lima e tem como principal objetivo ampliar a cobertura de combate a incêndios durante o período de estiagem, especialmente nas regiões mais vulneráveis do interior.
Além dessas cinco cidades, Rio Preto da Eva — que já contava com uma base — também teve sua unidade transformada em GCIP no mesmo período.
Meta é chegar a 27 municípios com bases do CBMAM
A meta do governo é ampliar o número de municípios com bases fixas da corporação de 11 para 27 até o final de 2025. De acordo com o comandante-geral do CBMAM, coronel Orleiso Ximenes Muniz, as novas unidades fortalecem a autonomia dos municípios e aceleram o atendimento de emergências.
“Estamos promovendo uma mudança estrutural no Corpo de Bombeiros do Amazonas para enfrentar as crises climáticas que afetam nossas cidades”, afirmou o comandante.
Cada base do GCIP conta com uma viatura Auto Tanque Florestal (ATF) com capacidade para 10 mil litros de água, além de picapes com kits de combate a incêndio, extintores, motosserras, mangueiras, escadas, lanternas e pulverizadores. Ademais, os equipamentos possibilitam a atuação eficiente tanto em áreas urbanas quanto florestais.
O que é o GCIP?
A princípio, o GCIP foi criado com base na Lei Federal nº 13.425/2017 e oficializado no Amazonas pela Lei Estadual nº 6.987/2024. A lei entrou em sanção em julho de 2024. O objetivo é estruturar serviços de prevenção e resposta a emergências em municípios antes desassistidos.
Além disso, militares do do CBAM coordenaram os grupamentos militares com o apoio de brigadistas locais e suporte logístico das prefeituras. O investimento total na estruturação do GCIP é de R$ 25 milhões, sendo R$ 21,5 milhões do Ministério da Justiça e Segurança Pública e R$ 3,5 milhões do Governo do Amazonas.
Investimentos e valorização profissional
Desde 2019, o Amazonas aumentou o efetivo do Corpo de Bombeiros de 692 para 1.557 militares, resultado do concurso público realizado em 2021. Além disso, mais de R$ 19 milhões foram aplicados na compra de viaturas, jet-skis, quadriciclos, ambulâncias e diversos equipamentos.
Em 2024, o governo reajustou em 55%. Portanto, o valor das diárias para servidores que atuam no combate às queimadas, reforçando o compromisso com a valorização dos profissionais e a preservação ambiental.