O período de estado de calamidade pública no Amazonas foi prorrogado por mais 180 dias em virtude do aumento no número de casos de contaminação por coronavírus na região. O decreto que estabelece o novo período foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (15). Até a última atualização, nesta quinta-feira (16) o Amazonas registrava 1.719 casos confirmados do novo coronavírus – e 124 mortes.
O governador Wilson Lima já havia decretado estado de calamidade pública no dia 23 de março, quando o estado contabilizava 32 casos confirmados de Covid-19. Na decisão, foi determinado o fechamento do comércio de serviços não essenciais, permanecendo abertos supermercados, padarias, açougue e farmácias.
Diz o texto que a finalidade do decreto é promover, conforme determinação da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional, ações de prevenção, preparação, mitigação, resposta e recuperação frente a pandemia do novo coronavírus. “Ficam as autoridades competentes autorizadas a adotar medidas excepcionais, necessárias para combater a disseminação do novo coronavírus, em todo o território amazonense”.
Desde o dia 6 de abril, forças policiais do Amazonas realizam a fiscalização em comércios não essenciais que não estejam cumprindo o decreto do governo em prevenção ao avanço da doença. A operação “Fique em Casa” tem sido realizada em todas as regiões da capital.
Na noite de quarta-feira (15), o governador Wilson Lima anunciou a abertura de 45 novos leitos (25 de UTI e 20 clínicos) no Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, que é referência para os casos de Covid-19 no estado. Com isso, o hospital passa a operar com 100 leitos de UTI disponíveis para pacientes com o novo coronavírus.
No dia seguinte, a Justiça do Amazonas acatou uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado para que uma série de medidas seja tomada no combate ao avanço da disseminação do novo coronavírus. Entre elas, o funcionamento integral do Hospital Delphina Aziz, a contratação de leitos existentes no Hospital Universitário Getúlio Vargas e do Hospital Beneficente Portuguesa e a retirada de pacientes que estão sem assistência adequada nos prontos-socorros do estado.
O novo hospital de campanha montado pela Prefeitura de Manaus no Lago Azul, na Zona Norte, também reforça o atendimento no sistema público de saúde para casos de Covid-19. A unidade recebeu os primeiros pacientes de Covid-19 na madrugada desta terça-feira (14). Eles foram encaminhados para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 1, que entrou em funcionamento imediato na noite de domingo, com 18 leitos iniciais instalados.