O número de casos globais de hepatite aguda infantil de origem desconhecida subiu para 1.010 em 35 países, incluindo 22 mortes, informou nesta quarta-feira (13) a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número representa um aumento de 90 casos em relação ao relatório anterior da OMS, divulgado em 24 de junho, e mais dois países com incidência dessa doença (Luxemburgo e Costa Rica), informou a organização.
Em 5% dos casos (46 no total) as crianças necessitaram de transplantes, destacou a OMS, que iniciou uma investigação global sobre a proliferação desses casos, porque a incidência é maior do que nos anos anteriores.
Quase metade dos casos foram identificados na Europa, com 272 no Reino Unido, embora o país mais afetado seja os Estados Unidos, com 334 casos, de acordo com os números da Organização. Outros países com várias dezenas de casos são Itália (36), Espanha (40), México (69) e Japão (67).
Os primeiros casos foram detectados no Reino Unido, no início de abril, em crianças menores de 10 anos e sem problemas de saúde.
Enquanto se espera saber mais sobre a origem dessa hepatite, as principais medidas de prevenção recomendadas são semelhantes às adotadas diante da pandemia de Covid-19, como lavar as mãos com sabão ou álcool em gel, evitar aglomerações e garantir boa ventilação dos interiores.
As autoridades sanitárias também sugerem o uso de máscara e o consumo de água potável, além de medidas de higiene durante o preparo dos alimentos: separar os crus dos cozidos, mantê-los em temperatura segura, usar água potável e limpar regularmente as superfícies utilizadas nessa preparação.