Uma idosa de 65 anos está presa há seis meses na Colômbia, após a acusação de tráfico internacional de drogas. Portanto, a família de Maria das Dores revelou ao “Jornal da Record” que ela tentou embarcar, sem saber, com pacotes de cocaína para Paris, na França. Além disso, eles acreditam que ela foi vítima de um golpe amoroso que a envolveu na situação.
Segundo informações dos familiares, Maria das Dores não tinha conhecimento de que estava levando drogas na bagagem. Ela mantinha um relacionamento virtual desde 2023 e, frequentemente, emprestava dinheiro ao seu namorado. A filha, Érika da Costa, afirmou que os empréstimos totalizaram cerca de R$ 100 mil.
A idosa saiu de Belém em dezembro do ano passado com destino a São Paulo, com o objetivo de encontrar o namorado. Quando chegou na capital paulista, um suposto advogado do companheiro informou que ele havia tido um “problema” e que o encontro havia sido adiado para Bogotá, na Colômbia. Ao chegar ao novo destino, duas caixas estavam esperando por ela na recepção do hotel.
O amor é cego
O namorado, então, orientou Maria das Dores a seguir com as encomendas para Paris, onde ela e o namorado planejavam se reencontrar após dois anos. No entanto, ela acabou presa ainda na Colômbia. “Ela estava completamente cega. Eles cegaram a minha mãe. Parece que fizeram uma lavagem na cabeça dela“, lamentou Érika.
O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Bogotá, informou que Maria das Dores está atualmente em um presídio aguardando julgamento. Além disso, a pasta presta assistência consular à brasileira. A família acredita que ela foi vítima de um golpe amoroso, uma prática comum em esquemas internacionais de tráfico, que utilizam a vulnerabilidade emocional de mulheres para aliciar “mulas” involuntárias.
Por outro lado, especialistas alertam que a condenação possivelmente será bastante severa e resultará em sua permanência por um longo período na Colômbia. Samuel Medeiros, presidente da Comissão de Direito Internacional da OAB-PA, declarou que ainda não identificaram o homem e o suposto advogado.