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22 de agosto de 2025
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Inflação tem nova queda e mercado prevê Selic estável em 15% até 2025

IPCA recua pela sexta vez consecutiva, mas Selic deve continuar alta diante de incertezas econômicas

Imagem: llustração

A inflação oficial do Brasil voltou a recuar, conforme aponta o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (7). A projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2025 passou de 5,2% para 5,18%, marcando a sexta queda seguida na estimativa dos analistas do mercado financeiro.

Além disso, a previsão de inflação para os anos seguintes segue estável: 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028. Apesar da tendência de queda, a expectativa de 5,18% ainda extrapola o teto da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (ou seja, até 4,5%).

 IPCA desacelera em maio e acumula alta de 2,75% no ano

O índice oficial de inflação, calculado pelo IBGE, fechou maio com alta de 0,26%, abaixo dos 0,43% registrados em abril. Com isso, o IPCA acumula alta de 2,75% no ano e 5,32% nos últimos 12 meses.

Essa desaceleração reforça o impacto das medidas de política monetária adotadas até aqui. No entanto, ainda há cautela no cenário macroeconômico.

 Selic deve seguir alta até 2025, diz mercado

Para conter a inflação, o Banco Central mantém a taxa Selic como principal instrumento. Atualmente fixada em 15% ao ano, a taxa foi elevada em 0,25 ponto percentual na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) – o sétimo aumento consecutivo no atual ciclo de aperto monetário.

Embora o Copom tenha sinalizado estabilidade nas próximas reuniões, não descartou novos aumentos caso o cenário inflacionário volte a pressionar. A estimativa do mercado é que a Selic se mantenha em 15% até o fim de 2025.

Para os anos seguintes, as projeções são:

  • 12,5% ao ano em 2026;
  • 10,5% ao ano em 2027;
  • 10% ao ano em 2028.

 Juros altos: impactos na economia e no consumo

A elevação da Selic visa desaquecer a demanda e controlar os preços. Com os juros mais altos, o crédito fica mais caro, o que desestimula o consumo e incentiva a poupança.

Entretanto, os bancos também levam em conta risco de inadimplência, custos administrativos e margem de lucro ao definir os juros cobrados dos consumidores. Isso significa que a alta da Selic também pode frear o crescimento econômico, dificultando a expansão de setores produtivos.

PIB: projeção de crescimento em 2025 e nos próximos anos

Na mesma edição do Boletim Focus, o mercado revisou para cima a estimativa de crescimento da economia em 2025. O PIB brasileiro agora deve crescer 2,23%, ante os 2,21% projetados anteriormente.

Para os anos seguintes:

  • 2026: previsão de crescimento caiu levemente para 1,86%;
  • 2027 e 2028: expectativa de expansão de 2% ao ano.

Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, impulsionado especialmente pela agropecuária. Já no primeiro trimestre de 2025, a economia registrou crescimento de 1,4%, segundo o IBGE.

 Dólar deve fechar 2025 acima de R$ 5,70

A estimativa para o câmbio também foi atualizada. A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,70 até o fim de 2025. Para 2026, o mercado financeiro projeta uma leve alta, com a moeda americana atingindo R$ 5,75.

 

 

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