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8 de julho de 2025
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Justiça Federal exige cronograma para demarcação da terra indígena Sururuá no Amazonas

Decisão da Vara Federal de Tabatinga busca acelerar processo parado desde 2014 e proteger comunidades indígenas no sudoeste do Amazonas

Terra Indígena Trincheira-Bacajá enfrenta invasões de madeireiros e grileiros, em São Félix do Xingu.

 

A Justiça Federal determinou que a Funai e a União apresentem, em até 60 dias, um cronograma detalhado para a conclusão da demarcação da Terra Indígena Sururuá, localizada no sudoeste do Amazonas. A medida atende a uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) e visa acelerar um processo que está parado desde 2014.

A área, tradicionalmente ocupada pelos povos indígenas Kokama e Tikuna, abrange territórios entre os municípios de Benjamin Constant e São Paulo de Olivença.

Decisão destaca riscos à integridade territorial e ambiental da região

Na decisão, a Vara Federal de Tabatinga destacou que a demora no processo de demarcação agrava os riscos de invasões, conflitos fundiários e degradação ambiental, colocando em perigo os direitos constitucionais das comunidades indígenas.

Dessa forma, a liminar obriga a Funai a elaborar um plano com etapas definidas, prazos claros, fontes de financiamento e previsão de conclusão, além de enviar relatórios trimestrais com atualizações à Justiça.

União nega responsabilidade, mas Justiça reafirma dever constitucional

Apesar da União alegar que não tem responsabilidade na atual fase do processo, a Justiça rejeitou esse argumento. A decisão ressalta que tanto a União quanto a Funai possuem obrigação legal e constitucional no processo de demarcação, conforme estabelecido pelo artigo 231 da Constituição Federal e o Decreto nº 1.775/1996.

Para o Ministério Público Federal, essa decisão reconhece a morosidade do Estado brasileiro no atendimento aos direitos das comunidades tradicionais protegidos pela Constituição de 1988.

A ação civil pública tramita sob o número 1000592-22.2024.4.01.3201.

Conclusão: Justiça pressiona para que direitos indígenas sejam respeitados

Com essa medida, a Justiça Federal envia um sinal claro de cobrança pela efetividade das políticas públicas voltadas aos povos originários. A expectativa é que, com o cumprimento do cronograma exigido, a Terra Indígena Sururuá finalmente tenha sua demarcação concluída, garantindo segurança jurídica e proteção ambiental às populações locais.

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