Um clima de “paixão emergencial” tomou conta da UPA José Rodrigues, na zona norte da capital amazonense, nesta quarta-feira (27), mas não foi por causa de atendimento humanizado.
Primeiramente, vídeos que circulam nas redes sociais mostram um médico e uma enfermeira em pleno expediente, trocando mais que olhares.
O vídeo viral, supostamente feito por um paciente indignado com a demora, mostra a enfermeira praticando sexo oral no médico. Em outro momento, o doutor retribui o “carinho” com beijos nos seios da colega. Tudo isso no ambiente de trabalho. E não, não era cena de novela, nem pegadinha.
Todavia, a situação rapidamente tomou as redes sociais, e muita gente levantou um ponto curioso: quem filmou não estava surpreso, só registrando o “de novo”. O que levantou a dúvida: isso já é rotina na unidade?
O silêncio do governo e o barulho das redes
Até o momento, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) está calada. Mas quem não ficou calado foram os internautas: as redes ferveram com memes, revolta e piadas prontas sobre o “atendimento humanizado demais”.
A lei permite ’50 tons’ no trabalho?
Spoiler: não. Não pode. Nem um pouco. Profissionais da saúde têm código de ética bem claro. Médicos e enfermeiros devem manter conduta respeitosa, profissional e discreta no ambiente de trabalho — o que, convenhamos, não inclui preliminares no plantão.
O que dizem as normas:
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O Código de Ética Médica veda qualquer comportamento que comprometa a dignidade da profissão ou desvie o foco do atendimento.
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O Código de Ética da Enfermagem também proíbe atos sexuais, condutas indecorosas e situações constrangedoras no ambiente profissional.
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E se houver qualquer indício de assédio, importunação sexual ou quebra de dever funcional, a situação pode evoluir para um processo administrativo, perda do registro profissional e até ação penal.
Ou seja, se o objetivo era dar uma “revitalizada” no plantão, escolheram o método totalmente errado — e possivelmente ilegal.