Na última quarta-feira, 7 de novembro, um crime chocou Santos, no litoral de São Paulo. O sargento Samir Carvalho atirou na esposa e feriu a filha de 10 anos na clínica na Avenida Pinheiro Machado, bairro Marapé. Após os disparos, ele deu aproximadamente dez facadas na mulher.
Consequentemente, Amanda Fernandes Carvalho morreu no local. A filha foi levada para a Santa Casa de Santos, onde recebeu atendimento. Ademais, o hospital informou que a criança foi atendida por uma equipe multidisciplinar, mas não divulgou o estado de saúde.
Agiu heróicamente
Segundo informações, a menina tentou salvar a mãe pulando na frente dela. Além disso, em depoimento, o médico da clínica afirmou que foi surpreendido por Amanda e a filha na sala de espera. Ela entrou nervosa, dizendo que seu namorado, policial, ameaçava matá-la. De acordo com o relato, “Meu marido está comigo, armado, e quer me matar. Estamos nos separando”, afirmou Amanda ao médico.
Assim sendo, o profissional trancou a porta do consultório, colocou cadeiras para bloquear a entrada e pediu para a paciente chamar a polícia. Amanda disse que uma amiga já tinha acionado a polícia. Pouco tempo depois, ouviram uma batida na porta. Quando o médico abriu parcialmente, viu um policial fardado e ouviu mais de dez tiros.
Em consequência, ele se escondeu debaixo da mesa e acredita que os disparos começaram do lado de fora. Somente após os policiais conterem o atirador, ele saiu de seu esconderijo. Depois, socorreu a filha e viu o corpo de Amanda com uma faca no pescoço e muito sangue.
Violência doméstica
Investigações revelam que Samir agiu após um episódio de violência doméstica. Por isso, a SSP-SP informou que instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar a conduta dos agentes envolvidos na ocorrência. De acordo com nota divulgada, os policiais foram acionados via Copom por uma situação de desinteligência. No local, Amanda e a filha estavam trancadas em um consultório, com o policial Samir do lado de fora.
Além disso, após mostrar que não estava armado, os policiais entraram na sala. Samir entrou e efetuou os disparos e, posteriormente, a polícia o prendeu em flagrante e o encaminhou ao Presídio Militar Romão Gomes. Cabe destacar que quatro policiais participaram do atendimento, que registrou violência doméstica, feminicídio e tentativa de homicídio.
A delegada Débora Lázaro informou que Samir também esfaqueou Amanda com cerca de dez golpes. Assim sendo, a polícia confirmou a presença do punhal no corpo da vítima.
Por fim, a defesa de Samir, por meio do advogado Paulo de Jesus, afirmou que a Justiça converteu a prisão preventiva após audiência de custódia. Samir permanece no presídio Romão Gomes. Por consequência, a investigação continua para esclarecer todos os detalhes do crime.