A Polícia Federal (PF) encontrou R$ 128 mil e US$ 7,5 mil (total de R$ 160 mil) em espécie na casa de Vinícius Sarciá Rocha, do irmão de criação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Segundo apuração do portal G1, parte do montante estava escondido dentro de caixas de remédios.
Além do dinheiro, planilhas com nomes e anotações financeiras também foram apreendidas. A ação faz parte da Operação Sétimo Mandamento (não furtarás), no âmbito de inquérito que apura suposta corrupção em programas assistenciais do estado.
Sarciá é presidente do Conselho de Administração da Agerio (a Agência Estadual de Fomento). A ação não mirou apenas ele, mas também a subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, Astrid de Souza Brasil Nunes, e o gestor de Governança Socioambiental da Cedae, Allan Borges Nogueira.
Embora não seja alvo da busca e apreessão, Cláudio Castro é investigado. Ele teve os sigilos bancários e telefônico quebrados por determinação do ministro Raul Araújo.
Segundo a Polícia Federal (PF), foram “identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões”.
Em nota, o governo do Rio de Janeiro afirmou que “a operação deflagrada nesta quarta não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019”.
– Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso [o empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva], a qual vem sendo contestada judicialmente. Por fim, o governador reitera a confiança plena na justiça brasileira – disse.
A ação faz parte de investigação envolvendo peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa que teriam ocorrido nos projetos estaduais Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel entre 2017 e 2020.