18 de outubro de 2025
DestaquesEconomia

PIB do Brasil cresce 0,4% no segundo trimestre puxado pelo consumo das famílias

pib-brasil-cresce-consumo-familias

O PIB do Brasil registrou crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025 em comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo IBGE. O resultado foi puxado principalmente pelo consumo das famílias, que avançou 0,5% no período e representa 63,8% da economia nacional.

No acumulado de 12 meses, a economia brasileira cresceu 3,2%.

Desempenho dos componentes do PIB

Na ótica do consumo, o IBGE apontou os seguintes resultados entre o primeiro e o segundo trimestre:

  • Consumo das famílias: +0,5%
  • Consumo do governo: -0,6%
  • Investimento: -2,2%
  • Exportação: +0,7%
  • Importação: -2,9%

Além do consumo das famílias, as exportações também registraram alta, mas com menor impacto, já que representam apenas 18% do PIB.

Juros altos freiam economia

O crescimento de 0,4% mostra desaceleração frente ao resultado do primeiro trimestre, quando o PIB avançou 1,3%. Segundo o IBGE, a política de juros altos do Banco Central, com a Selic a 15% ao ano — maior patamar desde 2006 —, é o principal fator que limita a expansão da economia.

Ainda assim, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, destacou que a economia tem mostrado resiliência, sustentada pelo mercado de trabalho aquecido e pela política fiscal expansionista.

Emprego e renda em alta

O Brasil atingiu a menor taxa de desemprego da série histórica iniciada em 2012, com 5,8% no segundo trimestre. O rendimento médio do trabalhador também bateu recorde, chegando a R$ 3.477.

Programas sociais, como o Bolsa Família, reforçaram esse desempenho. Atualmente, o benefício médio é de R$ 671,54, atendendo 19,19 milhões de famílias em todo o país.

Apesar da Selic elevada, Palis afirmou que o crédito para famílias segue crescendo, enquanto o crédito para empresas apresentou desaceleração.

Tarifaço de Trump ainda não afetou o PIB

As exportações brasileiras subiram 0,7% no segundo trimestre. O resultado ainda não reflete o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em vigor desde agosto.

Segundo Palis, os impactos devem aparecer no próximo trimestre, mas ressaltou que os Estados Unidos já não são o principal parceiro comercial do Brasil. Hoje, a China ocupa essa posição, respondendo pela maior fatia das exportações brasileiras.

De acordo com o ministro Geraldo Alckmin, o tarifaço atinge 3,3% das exportações do Brasil.

 

Leia mais

Corpo de homem é encontrado em kitnet e caso pode ser latrocínio em Manaus

Matheus Valadares

Pistoleiros atiram 12 vezes contra jovem e vítima sobrevive em Itacoatiara

Matheus Valadares

VEJA: Incêndio destrói oficina e galpões no bairro Tarumã

Matheus Valadares

Ao continuar navegando, você concorda com as condições previstas na nossa Política de Privacidade. Aceitar Leia mais

Ao utilizar este conteúdo, não esqueça de citar a fonte!