A Polícia Federal (PF) indiciou Oo atacante Bruno Henrique, do Flamengo por estelionato e fraude em jogos esportivos. Ele é suspeito de manipular um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, em novembro de 2023, para beneficiar apostadores.
A PF e a assessoria do jogador foram contatadas pelo UOL, mas ambas não comentaram o caso. O Flamengo afirmou que ainda não recebeu comunicação oficial das autoridades. O clube destaca seu compromisso com as regras de fair play desportivo e defende a presunção de inocência.
Durante a partida em Brasília, Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo por falta em Soteldo aos 50 minutos do segundo tempo. Ele reclamou com o árbitro Rafael Klein e foi expulso. Naquele momento, o Flamengo perdia por 2 a 1, e Gerson já havia recebido cartão vermelho.
Três parentes do atleta também foram indiciados: Wander Nunes Pinto Júnior (irmão), Ludymilla Araújo Lima (cunhada) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima). A investigação ainda abrange outras sete pessoas.
A PF reuniu quase 4 mil mensagens do WhatsApp do celular do irmão de Bruno. No entanto, muitas estavam vazias, pois parte foi deletada. Uma conversa entre Wander e Bruno, em 29 de agosto de 2023, revela as suspeitas. Eles discutem cartões amarelos e o jogo contra o Santos, que foi remarcado para 1° de novembro.
Na véspera do jogo, os dois conversaram novamente. Bruno mencionou uma conversa anterior. O irmão questionou sobre o assunto, e o atleta fez uma ligação. Em conversas posteriores, Bruno demonstrou conhecimento sobre os ganhos do irmão com apostas.
O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) solicitou à Polícia Federal o compartilhamento de todo o material probatório coletado.
Fla se manifesta sobre o caso de Bruno Henrique
O Flamengo emitiu uma nota oficial sobre a situação de Bruno Henrique. O clube disse que não recebeu notificação oficial sobre os fatos noticiados.
“O Flamengo tem compromisso com as regras de fair play desportivo, mas defende a presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores essenciais do estado democrático de direito”, diz a nota.