Um novo cartão-postal de Manaus
Considerado um dos mais novos cartões-postais da capital, o complexo do mirante Lúcia Almeida está localizado no centro histórico da cidade. O espaço inclui o largo de São Vicente, o casarão Thiago de Mello e o píer turístico Manaus 355. Desde sua inauguração pela Prefeitura de Manaus, há pouco mais de um ano, o local já recebeu mais de 290 mil visitantes.
Desde então, o complexo tem se consolidado como sinônimo de diversão e lazer, atraindo moradores, turistas, artistas e todos que buscam um dos melhores pontos para apreciar o pôr do sol às margens do rio Negro.
Estrutura e experiências oferecidas
Além de contar com uma estrutura pensada para contemplação, com destaque para a varanda principal e o primeiro skyglass público de Manaus, o mirante abriga diversas operações comerciais. Diariamente, dezenas de pessoas partem do píer para conhecer as belezas naturais e descobrir ainda mais encantos da Amazônia.
Regeneração urbana e valorização do espaço
Na última sexta-feira, 4 de abril, o mirante completou um ano de inaugurado. A obra representa uma transformação significativa: regenerou um espaço anteriormente degradado, vazio e sem uso. O projeto inovador foi executado pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), marcando uma virada urbanística importante para a região.
Reconhecimento institucional
“O prefeito David Almeida conseguiu transformar uma realidade que era de decadência para uma realidade de pujança, de alegria e de entretenimento. Hoje, o mirante é um dos pontos mais visitados de Manaus e todo seu complexo. Um trabalho que o Implurb teve muita felicidade de ter desenvolvido. Os nossos arquitetos, engenheiros, equipes técnicas, com poder criativo e apoio incondicional do prefeito, conseguiram desenvolver a construção. É muito bonito estar aqui, na margem do nosso caudaloso rio Negro, curtindo a vida e sendo feliz”, comentou o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente.
Inovação e arquitetura do mirante
O mirante Lúcia Almeida é a primeira obra de reabilitação e reconversão de uso no centro histórico, localizado no início da avenida 7 de Setembro, zona Sul. Ele abriga o primeiro skyglass de uso público, inaugurado em outubro de 2024, como parte do programa “Nosso Centro”.
Com quase 40 metros quadrados de piso de vidro laminado translúcido, a estrutura oferece uma experiência única aos visitantes. Trata-se da primeira área pública e de multiuso vertical da cidade, resultado de um projeto de retrofit e reuso inédito em Manaus.
Funcionalidade e acessibilidade
O mirante funciona das 7h à 0h para operações comerciais. Durante esse horário, o espaço também recebe shows, mostras, exposições e atividades para públicos de todas as idades — do infantil à terceira idade.
A edificação possui quatro andares e mais de cinco mil metros quadrados de área construída. Entre os destaques, estão rampas de acessibilidade, paraciclo e uma estrutura vazada, que proporciona uma vista panorâmica do rio Negro. No total, o prédio tem 58 metros de extensão.
Integração com o centro histórico
Quem chega ao complexo pela clássica rua Bernardo Ramos encontra, logo de início, o casarão Thiago de Mello. A partir dali, é possível visualizar todo o largo de São Vicente e o mirante de frente. Por outro lado, quem acessa pela avenida 7 de Setembro, já se depara diretamente com o prédio e toda sua beleza: cobertura sinuosa, arte urbana, paisagismo, áreas envidraçadas e os muitos detalhes da reabilitação urbanística.
Largo de São Vicente: espaço revitalizado
O largo de São Vicente é outra grande conquista do projeto. Com mais de 3.500 metros quadrados e construído do zero, o espaço conta com piso acessível e calçadas em pedra São Thomé.
Além disso, há uma área especialmente dedicada aos animais de estimação — o playpet — com sombra de árvores, garantindo conforto e lazer para os pets e seus tutores.
Arquitetura com identidade amazônica
A arquitetura do mirante incorpora detalhes que remetem às paisagens e culturas da Amazônia. A cobertura ondulada simboliza o banzeiro dos rios, enquanto a borda negra evoca o rio Negro. Já o forro de madeira remete ao rio Solimões e aos barcos típicos da região, frequentemente feitos do mesmo material.
Outro destaque são as varandas voltadas para o rio. Quem observa o prédio da água em direção à terra, enxerga a forma da popa de um barco regional — uma clara homenagem à identidade ribeirinha.
A varanda principal: uma homenagem à vitória-régia
Localizada no terceiro pavimento, a grande varanda oferece uma vista privilegiada do pôr do sol e da ponte Jornalista Phelippe Daou. Vista de baixo, ela remete à forma de uma vitória-régia, uma das maiores plantas aquáticas do mundo.
O forro, com paginação em madeira de cumaru (dipteryx odorata), tem 1.900 metros quadrados. As 5.500 ripas, vindas de Itapiranga, foram cuidadosamente instaladas para proporcionar conforto térmico e acústico, além de valor estético.
Arte urbana e grafite amazônico
Os painéis do mirante são verdadeiras galerias a céu aberto. Com grafites que retratam animais da floresta, personagens indígenas, cenas do boi-bumbá, o “x-caboquinho”, o guaraná e diversos elementos simbólicos da Amazônia, a arte do complexo traz cor e vida ao espaço urbano.
Além disso, padrões geométricos inspirados na cultura indígena, elementos da medicina tradicional e texturas da floresta complementam os murais, com um estilo fluido e camadas que valorizam a originalidade dos artistas.